Em conluio com EUA, ditadura militar tinha planos de invadir o Uruguai em 1971

Em conluio com os Estados Unidos, a ditadura empresarial-militar brasileira tinha planos de invadir o Uruguai, em 1971, caso a coalizão de esquerda vencesse a eleição presidencial no país vizinho. É o que mostram documentos do governo dos EUA, que revelaram detalhes da “Operação 30 Horas”.

A informação é de uma reportagem do UOL, que analisou documentos secretos produzidos pelo Departamento de Estado dos EUA à época, por meio de embaixadas e consulados no Brasil e em países da América do Sul. Telegramas, relatórios e memorandos mostram como era acompanhada a situação política nos países do Cone Sul.

Segundo os jornalistas do Uol, a documentação mostra, também, que o general Emílio Garrastazu Médici, então presidente do Brasil, ajudou a fraudar a eleição uruguaia naquele ano.

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A coalizão de esquerda, chamada de Frente Ampla, que disputava a eleição de 1971 no Uruguai, liderada pelo general Líber Seregni, teve apenas 18% dos votos e o direitista Juan María Bordaberry, que teve 41%, foi eleito presidente.

Dois anos depois, Bordaberry, que aparece na imagem apertando a mão de Médici, deu um golpe de estado e, contando com o apoio dos militares, iniciou uma ditadura no Uruguai que durou até 1985.

A equipe do Uol procurou o Ministério da Defesa do Brasil caso quisesse se pronunciar sobre o assunto, mas a pasta não respondeu aos questionamentos.

Leia a reportagem do Uol na íntegra clicando aqui.

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