Apoie o DCM

Ex-juíza diz que Bolsonaro pode ser condenado em corte internacional: “Provas bastante robustas”

Veja o Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro. Foto: Agência Brasil

A desembargadora Sylvia Steiner, ex-juíza do Tribunal Penal Internacional, diz que há “prova abundante” para uma futura condenação internacional de Jair Bolsonaro e abertura do processo de impeachment.

LEIA MAIS:

1 – Essencial do DCM: Alexandre Garcia, Manhattan Connection: grande dia (E SEXTOU COM BEMVINDO SEQUEIRA!)

2 – Cascavel, ex-homem forte de Pazuello, tem julgamento por compra de votos remarcado pela 4ª vez

O que diz a ex-juíza do TPI

Veja o Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro. Foto: Agência Brasil

A CPI da Covid convocou Steiner e outros especialistas em direito penal para que eles apresentem um parecer com os crimes cometidos pelo presidente ao longo da pandemia. Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, ela disse considerar os crimes de responsabilidade os mais graves, “pois as provas são bastante robustas”.

“O crime de causar epidemia, em que há provas, inclusive, científicas pela comparação com outros países de que se tivessem sido tomadas as medidas adequadas no momento certo nós não estaríamos chegando neste número espantoso de 600 mil mortes. O crime de causar epidemia e incitação ao desrespeito às medidas sanitárias está muito bem demonstrado. Essas são condutas que estão muito bem demonstradas. A prova é abundante, até porque as pessoas do governo nunca tiveram muito cuidado em não se expor”.

Lava Jato e o anteprojeto ilegal

Reportagem exclusiva de Pedro Zambarda no DCM:

Os procuradores da Lava Jato apresentaram, a partir de 20 de março de 2015, segundo ano e auge da operação, as ’10 medidas contra a corrupção’. O projeto coletou mais de um milhão de assinaturas em uma campanha nacional e divulgou os integrantes do Ministério Público que atropelaram a Constituição.

Um diálogo no Telegram de 24 de abril daquele ano mostra que procuradores já queriam atropelar as bases da democracia brasileira. Deltan Dallagnol, de Curitiba, Helio Telho, de Goiás, e Vladimir Aras, de Brasília (primo de Augusto Aras) falam de um anteprojeto controverso para ser inserido nas ’10 medidas’.

Às 12h42, Telho anexa um arquivo e escreve o seguinte:

“Criei esse grupo para facilitar a discussão sobre a redação da proposta do anteprojeto de lei sobre provas ilícitas. Fiz uns ajustes no texto. Vou postar aqui para vocês avaliarem a viabilidade de prosseguirmos”.

Deltan Dallagnol responde às 18h08:

“Grande Helio, segue com algumas sugestões”. O procurador da Força-Tarefa manda outro anexo.

E sugere:

“Gostaria de estar (sic) [com] essa questão na pauta. Desmembrá-la é perfeito. Se o ônus de encaminhar junto com as 10 medidas for grande, pode ser encaminhado em paralelo”.

Leia mais aqui.