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Fachin dá 48h para PF explicar inquérito contra CPI da Covid

Luiz Edson Fachin. Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF

A Polícia Federal terá que esclarecer em 48 horas a abertura de inquérito de ofício para apurar suposto vazamento de informações de investigação compartilhada com os senadores. A decisão foi do ministro Edson Fachin. O magistrado atendeu ao pedido da CPI da Covid.

Fachin classificou que a peça mostra um elevado “rigor lógico argumentativo”. “Ao citar a divulgação pela imprensa de documentos sobre os quais teria sido demandado sigilo à CPI da pandemia, referida nota aparenta reduzir o universo de investigados ao conjunto de pessoas que trabalham na Comissão. Conjunto esse, com as vênias do truísmo, composto também, e de forma necessária, por Senadores da República”, diz trecho da decisão.

“Solicitem-se, com urgência, informações às autoridades coatoras, pelo meio mais expedito, para que esclareçam, no prazo de até quarenta e oito horas, as alegações do Impetrante, especialmente quanto à existência de indícios de envolvimento de autoridade com foro por prerrogativa de função nos atos investigados, atraindo-se a competência deste Supremo Tribunal Federal”, afirmou Fachin em outro parte do documento.

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Edson Fachin quer esclarecimentos sobre vazamento

A Polícia Federal havia aberto inquérito para apurar o suposto vazamento. Na ocasião, a instituição alegou que compartilhou dados sigilosos com o Senado.

A própria Polícia Federal havia dito que os dados eram sigilosos e não poderiam vazar. Tratava-se de depoimento de pessoas-chave no governo Bolsonaro sobre a negociação da Covaxin.