Federações partidárias passam sufoco e podem não sair do papel; entenda
Com impasses políticos entre as legendas e de resistências na Justiça Eleitoral em ampliar o prazo para sua formalização, cresce a possibilidade de que nenhuma federação partidária saia do papel para as eleições de 2022, diz reportagem do jornal O Globo.
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Dificuldades entre os partidos para criar as federações
Dificuldade para conciliar interesses locais e nacionais alcança todas as negociações em curso hoje. Estão empacadas as conversas de PT e PSB, a mais avançada delas; entre PSDB e Cidadania; assim como os diálogos de PDT, Avante e Rede; e PCdoB, PV, PSOL.
Nesse tipo de aliança, partidos precisam permanecer unidos e agir como um só por pelo menos quatro anos. A união vale para a atuação nos Legislativos e nas campanhas eleitorais em todo o país.
Divergências semelhantes se repetem nas mesas de negociações em que estão as demais siglas. O plano A de seus dirigentes é pedir ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que estenda o prazo para oficialização das federações, hoje previsto para abril.
Parte deles, como os caciques de PT e PSB, defendem a dilação para junho. Argumentam que, embora o limite seja abril, as siglas precisam apresentar os processos junto à Corte até março, de modo que haja tempo suficiente para que eventuais pendências burocráticas, como falta de documentos, por exemplo, sejam sanadas.
Negociação mais robusta, entre PT e PSB, encontra dificuldade para costurar um acordo em São Paulo, onde o PT pretende lançar Fernando Haddad para o governo, mas o PSB não abre mão da pré-candidatura de Márcio França. A indefinição repercute diretamente no Congresso.
Na bancada do PSB na Câmara, 22 deputados estão elaborando um documento a favor da federação com o PT para entregar ao presidente do partido, Carlos Siqueira. Ele ontem voltou a questionar o argumento defendido pelos petistas de que as pesquisas eleitorais devem nortear a escolha dos candidatos nos estados. E Haddad aparece à frente de França no estado.