Flávio defende Bolsonaro no PL e passa pano para Costa Neto, condenado por corrupção

Com Jair Bolsonaro prestes a se filiar ao PL, partido comandado pelo ex-deputado Valdemar Costa Neto, o entorno do presidente passou a justificar a ida dele à legenda. O senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), filho mais velho de Jair, defende o acordo que deve ser fechado nos próximos dias.
Ele passou pano para Costa Neto, condenado e preso por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no mensalão.
“Isso é cicatriz, ele já pagou o que tinha que pagar. Está quite, zerado”, disse o senador. “Qualquer partido vai ter problemas. Eu não passei o que passei? Sou bandido por causa disso? Não dá para comparar com o que o Valdemar teve, mas ele cumpriu a pena dele. Vamos julgar novamente o cara?”
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Para satisfazer diretório de SP e atrair Bolsonaro, PL prepara convite para aliado de Doria
Estava tudo certo para que o presidente Jair Bolsonaro se filiasse ao PL no dia 22 de novembro, mas no domingo (14), partido e presidente decidiram suspender a filiação. Além da briga com o presidente do partido, um dos fatores que levaram a esse passo atrás é o comando do diretório do partido em São Paulo, que está diretamente ligado ao vice-governador do estado, Rodrigo Garcia (PSDB).
Isso porque o PL pretende apoiar Garcia na disputa ao Palácio dos Bandeirantes em 2022. Hoje vice de Doria, Garcia deixou o DEM em maio e virou o pré-candidato do PSDB ao governo estadual.
Bolsonaro se incomodou com o fato de seu possível futuro partido apoiar o aliado de Doria, seu adversário político. Assim, o partido de Bolsonaro teria um impasse: enquanto lançaria o presidente à reeleição, em São Paulo, apoiaria o partido e o candidato de Doria. Porém eles estudam uma estratégia para satisfazer diretório de SP e atrair de vez o presidente.
Rodrigo Garcia pode ser convidado a se filiar ao partido de Valdemar Costa Neto. A alternativa vem sendo debatida nos bastidores pela cúpula da legenda como uma saída para acomodar o vice governador de São Paulo e o presidente no mesmo barco.
Líderes no PL afirmam que o convite, porém, vai depender do resultado das prévias do PSDB. A oferta a Garcia só faria algum sentido caso João Doria perca as prévias tucanas.