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Presidente da Funai se torna réu por obediência a Bolsonaro

Os presidentes da Funai e da República
Marcelo Xavier e Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução

Marcelo Xavier, presidente da Funai há dois anos e quatro meses, se tornou réu na Justiça por obediência a Jair Bolsonaro. A sua gestão é mais longeva do que a dos dez antecessores. No período, entretanto, nenhuma terra foi demarcada e os processos que estavam na fase final estão parados. Ele cumpre a missão dada pelo presidente na política indigenista.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), são 27 terras indígenas. No total, somam 832 mil hectares, área equivalente a seis vezes o tamanho do Rio. A Funai também passou a incentivar o garimpo e a monocultura em reserva.

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Presidente da Funai é alvo de mais de 40 ações

Por obedecer o presidente, Xavier é alvo de mais de 40 ações do Ministério Público Federal, da Defensoria Pública e de associações indígenas. Os processos se dão por revogar portarias, rever nomeações e avançar em demarcações. Ele é réu no Pará por descumprir ordem judicial que o obrigava a prosseguir com a demarcação do território Munduruku.

Em outubro, a Defensoria Pública da União e a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) pediram o afastamento de Xavier. Segundo eles, o presidente da Funai “semeia a destruição das estruturas estatais” de proteção aos indígenas.

“É o mesmo argumento que usamos para pedir o afastamento do Sergio Camargo. É inconstitucional nomear alguém que atue contra os interesses do órgão”, diz o defensor público João Paulo Dorini.

A informação é do Globo.

 

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