Presidente da Funai se torna réu por obediência a Bolsonaro

Marcelo Xavier, presidente da Funai há dois anos e quatro meses, se tornou réu na Justiça por obediência a Jair Bolsonaro. A sua gestão é mais longeva do que a dos dez antecessores. No período, entretanto, nenhuma terra foi demarcada e os processos que estavam na fase final estão parados. Ele cumpre a missão dada pelo presidente na política indigenista.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), são 27 terras indígenas. No total, somam 832 mil hectares, área equivalente a seis vezes o tamanho do Rio. A Funai também passou a incentivar o garimpo e a monocultura em reserva.
Leia também:
1 – Vexame histórico: Jovem Pan News marca 0,0 de audiência
2 – Bolsonaro reclama de comparação de sua viagem com a do petista
3 – Eduardo Leite admite que ligou para Doria para dar recado do governo Bolsonaro
Presidente da Funai é alvo de mais de 40 ações
Por obedecer o presidente, Xavier é alvo de mais de 40 ações do Ministério Público Federal, da Defensoria Pública e de associações indígenas. Os processos se dão por revogar portarias, rever nomeações e avançar em demarcações. Ele é réu no Pará por descumprir ordem judicial que o obrigava a prosseguir com a demarcação do território Munduruku.
Em outubro, a Defensoria Pública da União e a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) pediram o afastamento de Xavier. Segundo eles, o presidente da Funai “semeia a destruição das estruturas estatais” de proteção aos indígenas.
“É o mesmo argumento que usamos para pedir o afastamento do Sergio Camargo. É inconstitucional nomear alguém que atue contra os interesses do órgão”, diz o defensor público João Paulo Dorini.
A informação é do Globo.
Participe de nosso grupo no WhatsApp clicando neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link