General da Petrobras reafirma que não vai segurar preço da gasolina: ‘Não pode fazer politica pública’
Presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, diz que a estatal precisa praticar preços de mercado e se comportar como uma empresa privada, segundo a Tribuna do Norte.
LEIA MAIS:
1 – VÍDEO: Coordenador da FUP desmente executivo da Petrobras que atacou o PT
2 – Alta no Petróleo deve pressionar Petrobras por reajustes nos combustíveis
3 – Sindicato acusa Petrobras de manter trabalhadores com Covid em plataforma
General não vai segurar os preços
Para ele, a empresa não consegue atender todo o mercado de combustíveis brasileiro com suas refinarias, que operam com ociosidade de cerca de 20%.
Segundo o militar, apesar de evitar passar imediatamente a volatilidade dos preços dos derivados de petróleo no mercado internacional, é necessário fazer reajustes quando observada uma mudança estrutural nos preços, não apenas para evitar prejuízos, mas para dar oportunidade a outros agentes do setor.
“Não conseguimos atender ao mercado todo, temos que ter paridade com a importação. O abastecimento do mercado tem que ser uma oportunidade para todos”, disse Luna em evento do Credit Suisse. De acordo com a Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom), a defasagem da gasolina e do diesel já atinge 10% em alguns portos brasileiros.
Preço dos combustíveis, com inúmeras críticas à Petrobras, têm sido uma bandeira do presidente da República, Jair Bolsonaro, que pretende zerar os impostos federais do diesel para amenizar o valor nos postos para os caminhoneiros, seus apoiadores na última eleição presidencial.
“A Petrobras tem responsabilidade social, mas não pode fazer política pública”, afirmou Luna ao ser perguntado sobre os elevados preços dos combustíveis.