Guedes alega que está afastado de offshore e manda documentos à PGR
Advogados do ministro da Economia, Paulo Guedes, informaram que o ministro apresentou nesta quarta (6) documentos à PGR (Procuradoria-Geral da República) para explicar a existência de empresas offshore no exterior e negaram irregularidades.
LEIA MAIS:
1 – Estagiária infiltrada no STF tem empresa e recebe dinheiro público
2 – Neta de Mussolini torna-se a vereadora mais bem votada de Roma
3 – DCM Ao Meio-Dia: Senador Fabiano Contarato fala ao DCM sobre CPI, Bolsonaro e homofobia
“A defesa de Paulo Guedes, antecipando-se a eventuais pedidos da PGR, apresentou petição, na manhã desta quarta-feira, juntando, no Ministério Público, documentação que demonstra que o ministro não ocupa o cargo de administrador da empresa Dreadnoughts desde que assumiu a função pública, estando, desde dezembro de 2018, completamente afastado da gestão da empresa”, afirmam, em nota enviada à imprensa.
Guedes afastado da offshore?
“Paulo Guedes, tanto em sua vida privada, quanto no exercício da função pública, sempre se pautou pelos regramentos legais e éticos existentes, tendo sempre apresentando a documentação pertinente ao lídimo exercício do cargo, à Comissão de ética Pública e demais órgãos competentes”, diz o texto, assinado pelos advogados Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso
Parlamentares aprovaram nesta quarta convocação para que Guedes dê explicações no Plenário da Câmara. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) protocolou uma notícia-crime no STF para que seja solicitado que a PGR peça “a abertura de investigação preliminar, consequente instauração de inquérito e eventual posterior denúncia com vistas à persecução criminal” contra o ministro da Economia, Paulo Guedes, e contra o presidente do Banco Central, Roberto de Oliveira Campos Neto.
A existência de investimentos de Guedes e Campos Neto em empresas offshore foi revelada no domingo (3) por veículos como a revista Piauí e o jornal El País, que participam do projeto do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, o ICIJ. Os documentos fazem parte da Pandora Papers, investigação sobre paraísos fiscais promovida pelo consórcio.