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Guedes alega que está afastado de offshore e manda documentos à PGR

Veja o Paulo Guedes
Paulo Guedes. Foto: Wikimedia Commons

Advogados do ministro da Economia, Paulo Guedes, informaram que o ministro apresentou nesta quarta (6) documentos à PGR (Procuradoria-Geral da República) para explicar a existência de empresas offshore no exterior e negaram irregularidades.

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“A defesa de Paulo Guedes, antecipando-se a eventuais pedidos da PGR, apresentou petição, na manhã desta quarta-feira, juntando, no Ministério Público, documentação que demonstra que o ministro não ocupa o cargo de administrador da empresa Dreadnoughts desde que assumiu a função pública, estando, desde dezembro de 2018, completamente afastado da gestão da empresa”, afirmam, em nota enviada à imprensa.

Guedes afastado da offshore?

Para a jornalista Carla Araújo do UOL, segundo os advogados, a documentação vai evidenciar que o ministro, “em hipótese alguma, teve seus investimentos beneficiados em razão do cargo que ocupa”.

“Paulo Guedes, tanto em sua vida privada, quanto no exercício da função pública, sempre se pautou pelos regramentos legais e éticos existentes, tendo sempre apresentando a documentação pertinente ao lídimo exercício do cargo, à Comissão de ética Pública e demais órgãos competentes”, diz o texto, assinado pelos advogados Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso

Parlamentares aprovaram nesta quarta convocação para que Guedes dê explicações no Plenário da Câmara. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) protocolou uma notícia-crime no STF para que seja solicitado que a PGR peça “a abertura de investigação preliminar, consequente instauração de inquérito e eventual posterior denúncia com vistas à persecução criminal” contra o ministro da Economia, Paulo Guedes, e contra o presidente do Banco Central, Roberto de Oliveira Campos Neto.

A existência de investimentos de Guedes e Campos Neto em empresas offshore foi revelada no domingo (3) por veículos como a revista Piauí e o jornal El País, que participam do projeto do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, o ICIJ. Os documentos fazem parte da Pandora Papers, investigação sobre paraísos fiscais promovida pelo consórcio.