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Haddad diz que foi ele quem sugeriu aproximação de Lula com Alckmin

Geraldo Alckmin cumprimenta Fernando Haddad
Geraldo Alckmin e Fernando Haddad.
Foto: Juliana Knobel/Frame/VEJA

Em entrevista à Rádio Bandeirantes nesta terça-feira (28), o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad disse que partiu dele a ideia de uma aproximação do ex-presidente Lula com o ex-governador de SP Geraldo Alckmin.

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Haddad afirmou que sugeriu para Lula a aliança visando não repetir o que aconteceu em 2018, quando os partidos de direita aderiram a Jair Bolsonaro. Para o petista, a falta de de diálogo com a direita contribuiu para a eleição do atual presidente.

“Eu falei: ‘Presidente, vamos começar a eleição pelo segundo turno’. O que quer dizer? Se eu tivesse tido o apoio do PSDB e do PDT no segundo turno de 18, esse desastre que está acontecendo no Brasil, com a eleição de uma pessoa completamente despreparada para governar o país, não estaria acontecendo”, afirmou. “Então, eu vivi na pele o que é um segundo turno mal arrumado. O PSDB e o PDT não podiam ter feito o que fizeram sabendo quem era o Bolsonaro”, acrescentou o ex-prefeito.

Ele revelou que Lula conversou com outras lideranças de direita, como Fernando Henrique Cardoso, Gilberto Kassab e Tasso Jereissati. Segundo Haddad, a rejeição ao PT está “revertida”.

Em outubro deste ano, Fernando Haddad participou de um jantar de aproximação com Geraldo Alckmin. O encontro foi promovido pelo ex-deputado Gabriel Chalita na cobertura do CEO da Qualicorp, Bruno Blatt.

Lula espera até fevereiro para um “sim” de Alckmin em chapa

O ex-presidente externou que a possível aliança com Alckmin em 2022 “seria muito importante” para a governabilidade diante de uma eventual vitória eleitoral.

Segundo pessoas próximas ao ex-presidente, mesmo diante de resistências internas, sobretudo em São Paulo, ele disse esperar apenas o “sim” do tucano para fechar a chapa presidencial.

“Lula quer resolver tudo até fevereiro. Na conversa, disse que, para além da questão eleitoral, a presença de Alckmin é muito importante para um futuro governo do ponto de vista da governabilidade”, declarou um senador do PT.

Outro parlamentar afirma que a resistência ao nome do tucano é absolutamente normal, mas que, na hora que Lula decidir, todos vão apoiar.

“E ele quer. Aconteceu a mesma coisa em 2002 quando a gente fez aliança com PL, com o José Alencar”, relembra o petista sobre o vice de Lula nos dois mandatos.

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