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Juízes antivacina querem fim da obrigatoriedade do imunizante para entrar no TJ

Juízes não querem obrigatoriedade da vacina para entrar no TJ-SP
O Tribunal de Justiça do estado de São Paulo. Foto: TJ-SP

Um grupo de juízes antivacina resiste à obrigatoriedade de comprovar a imunização para entrar em prédios do Judiciário. A medida foi determinada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). Cerca de 20 magistrados, entretanto, pediram à Apamagis (Associação Paulista de Magistrados) que questionasse a determinação.

A associação confirma que foi procurada, mas não se pronunciou sobre o caso, segundo a coluna de Frederico Vasconcelos na Folha.

A presidente da Apamagis, a juíza Vanessa Mateus, sugeriu que eles tentem dialogar com o tribunal. Ela os aconselhou a propor uma audiência com o presidente, o desembargador Geraldo Pinheiro Franco. O encontro foi marcado, mas os juízes desistiram.

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Juízes são vistos como bolsonaristas por outros magistrados

Para outros magistrados do tribunal, o grupo de juízes é formado por bolsonaristas e agiria por ideologia ou descrença nas vacinas. O grupo é vinculado ao Movimento Magistrados para a Justiça, grupo que lançou blog em 2015 para oferecer “uma visão conservadora de temas relacionados ao Direito”.

Além do risco de transmissão da covid por juízes, magistrados duvidam que eles sigam normas sanitárias. Por isso, temem que eles tomem decisões envolvendo a pandemia e a saúde pública.

Em março deste ano, por exemplo, o juiz Charles Bonemer, que faz parte do grupo, concedeu liminar a donos de lotéricas, permitindo o funcionamento dos estabelecimentos. Ele alegou que o lockdown é inútil e disse, na decisão, que “não adotamos o regime comunista”.