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Julgamento de queixa de Lula contra Moro é marcado para maio de 2022

Lula de punhos cerrados
Lula.
Foto: Ricardo Stuckert

Da coluna de Jamil Chade

O Comitê de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) marcou para maio de 2022 o exame final do caso envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), numa decisão que ocorrerá em meio à campanha para as eleições no ano que vem.

O órgão internacional avalia, desde 2016, uma queixa apresentada pelo ex-presidente, que argumenta que seu processo não foi imparcial e que o então juiz Sergio Moro atuou de forma irregular. O Comitê é o encarregado de supervisionar o cumprimento do Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos, assinado e ratificado pelo Brasil.

Num comunicado interno, obtido pelo UOL em Genebra, o Comitê informa que o exame do caso está agendado para a reunião do organismo em sete meses. O Supremo Tribunal Federal já considerou que Moro havia violado regras do processo e anulou as condenações, permitindo que Lula esteja livre para se candidatar à Presidência em 2022. Mas, ainda assim, o processo continua nas instâncias internacionais. (…)

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Ciro diz que Lula “conspirou” pelo impeachment de Dilma

Para atacar Lula, Ciro Gomes criou uma nova teoria: o ex-presidente teria conspirado para o golpe de Dilma Rousseff. Em entrevista ao podcast Estadão Noticias, ele argumentou que o petista esteve “ao lado” de Renan Calheiros e Eunício Oliveira, que votaram a favor do impeachment.

“Eu atuei contra o impeachment e quem fez o golpe foi o Senado Federal. Quem presidiu o Senado? Renan Calheiros. Quem liderou o MDB nessa investida? O Eunício Oliveira. Com quem o Lula está hoje?”, afirmou. “Hoje eu estou seguro que o Lula conspirou pelo impeachment da Dilma, estou seguro”, prossegue.

Ainda diz que que na eleição de 2018, Lula estava com Renan Calheiros. À época, relata, o irmão Cid Gomes ironizou: “Será que esses caras querem impedir o impeachment?”.