Kassab altera rumos do PSD e faz novo aceno a Lula
Com as incertezas sobre a candidatura de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) ao Palácio do Planalto e de acenos do presidente do PSD, Gilberto Kassab, ao projeto de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), lideranças da legenda em ao menos nove estados têm se aproximado de palanques com o ex-presidente.
Após insistir na ideia de nome próprio na disputa nacional, o ex-ministro tem promovido uma reorientação de rota na estratégia. Ontem, dois dias após ter se reunido com Lula, o chefe do PSD disse que não seria “impossível” apoiá-lo já no primeiro turno.
A ideia inicial dele era ter candidatos fortes em estados populosos para sustentar o nome de Pacheco à Presidência e contribuir para a eleição de uma bancada expressiva no Congresso, diz reportagem de Bernardo Mello, Julia Lindner e Bruno Góes no jornal O Globo
Além da candidatura de Pacheco não ter decolado, inclusive por falta de movimentação do próprio presidente do Senado, o “plano A” do dirigente também sofreu reveses nas articulações regionais idealizadas.
O ex-governador Geraldo Alckmin, cortejado pelo PSD, afastou-se do pleito em São Paulo e prefere ser vice na chapa de Lula.
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Situação do PSD nos estados
Na Bahia, onde Kassab tentou emplacar Otto Alencar como candidato ao governo, o próprio senador frisou que disputará a reeleição e apoiará a chapa do PT no estado.
No Rio e em Minas, PSD ainda pode ter candidaturas próprias. Contudo, arranjos tendem a abrir palanques para Lula e Ciro Gomes (PDT).
Embora a pré-candidatura do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), despontasse como palanque a Pacheco, alas da sigla defendem uma aliança com Lula para dar viabilidade à empreitada.
Kalil sofreu desgastes políticos neste mandato e ainda busca ser mais conhecido no interior. Seus adversários, o governador Romeu Zema (Novo) e o senador Carlos Viana (MDB), devem apoiar Bolsonaro.