Lindôra disse que inquérito de atos golpitas ‘não vai dar em nada’, revela deputado
Deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ) afirmou que ouviu da subprocuradora Lindôra Araújo, braço-direito do procurador-geral da República, Augusto Aras, e apontada como próxima da família Bolsonaro, que o inquérito sobre atos antidemocráticos “não vai dar em nada”.
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Lindôra diz que não vai dar em nada?
Ainda segundo o parlamentar, bolsonarista radical, a subprocuradora disse que Otoni de Paula entrou “de bucha” no processo como investigado.
Essas declarações foram dadas em entrevista à revista Crusoé, do site de extrema direita O Antagonista. A Procuradoria-Geral da República afirmou que Lindôra Araújo não vai se manifestar.
“Não quero expor a subprocuradora, mas não posso deixar de falar a verdade. Quando lá estive, já havia três meses que minhas redes sociais estavam fora do ar. Fui lá para saber porque não liberavam minhas redes, que são minha ferramenta de trabalho. Foi quando ela, para me despreocupar, disse que o inquérito não ia dar em nada e que eu entrei nesse processo de bucha”.
Otoni é investigado em dois inquéritos: o dos atos antidemocráticos e o das fake news. Em 20 de agosto, ele foi alvo de busca e apreensão da Polícia Federal, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, a pedido da PGR. Essa operação ocorreu no âmbito do inquérito que investiga a promoção e financiamento de atos antidemocráticos.
De acordo com o parlamentar, Lindôra disse que a busca e apreensão fora apenas para acalmar o país para o 7 de setembro. Às vésperas da data, havia um clima de tensão no Brasil, com base em declarações consideradas golpistas por parte do presidente Jair Bolsonaro e seus aliados mais radicais.