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Lira atuou para enterrar PEC do voto impresso na Câmara e sofre pressão após falas de Bolsonaro

Arthur Lira ao lado do presidente Jair Bolsonaro
Arthur Lira e Jair Bolsonaro – Reprodução

Na terça feira (10), dia em que foi pautada na Câmara dos Deputados a PEC do voto impresso, Arthur Lira atuou para derrubar a proposta. Ele tentou assegurar votos contrários à PEC e tentou convencer os deputados favoráveis a se ausentar, segundo a Folha.

Antes do projeto ir ao plenário, ele evitou articular votos e deixou a tarefa nas mãos de presidentes de partidos.

Mau perdedor causa problemas a Lira

Quando decidiu e anunciou que levaria o voto impresso para a votação na Câmara, ele assegurou  algo. Que o presidente Jair Bolsonaro respeitaria a decisão da casa legislativa – o que não ocorreu.

Um dia depois da derrota, o mandatário afirmou que os parlamentares que votaram contra a proposta foram “chantageados”. Óbvio, culpou Luis Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Também acusou Aécio Neves de se abster do voto por “temer retaliações”.

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Para manter a pauta no debate público, o presidente inventou uma nova conspiração: um grupo ligado ao Foro de São Paulo, ao narcotráfico e à corrupção teria contratado um grupo de hackers para desviar 12 milhões de votos dele em 2018.

Segundo ele, após calote, entretanto, o grupo de criminosos teria denunciado o esquema.

Com as falas do presidente, parlamentares têm pressionado Lira nos bastidores e consideram que levar a pauta ao plenário foi um tiro no pé.