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Ludhmila Hajjar, que quase foi ministra, diz que muitos morreram por falta de atendimento adequado

Veja Ludhmila Hajjar
Ludhmila Hajjar na GloboNews. Foto: Reprodução

Avanço da vacinação e a expectativa criada por resultados positivos de medicamentos contra o coronavírus, como a pílula da MSD, não devem tirar o foco de que o principal para o paciente ainda é o atendimento adequado, diz Ludhmila Hajjar ao jornal Folha de S.Paulo.

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Ludhmila Hajjar se manifesta

A cardiologista intensivista da Rede D’Or São Luiz é professora da Faculdade de Medicina da USP e coordenadora de UTI de Covid no Hospital das Clínicas de São Paulo.

No mês de março, ela recusou convite para ser ministra da Saúde no governo Bolsonaro após a saída de Eduardo Pazuello.

Acostumada a tratar de políticos e celebridades, ela afirma que falta ao país uma padronização do atendimento para enfrentar a Covid nas redes pública e privada.

Desde o início da pandemia, o Brasil registra 600 mil mortes pela doença.

“Nós já aprendemos que o principal para essa doença são boas condições de atendimento, suporte estrutural, equipe médica, não morrer de infecção bacteriana. Mas nós não descobrimos uma medicação milagrosa”.

Quem é Ludhmila Hajjar?

Ela é diretora clínica no InCor, professora associada e coordenadora de pós-graduação de Cardiologia.

Também é coordenadora da Unidade de Terapia Intensiva Cirúrgica,coordenadora da UTI do Instituto do Câncer, membro do Departamento de Cardiopneumologia do InCor, todas da FMUSP.

NA iCESP, é membro do conselho diretor  coordena o comitê de Cardiointensivismo da Associação de Medicina Intensiva Brasileira.

Sua tese de doutorado ganhou destaque na revista cientifica: Journal of American Medical Association (Jama). Ludhmila provou que utilizar em média 30% menos de sangue, nas transfusões necessárias para cirurgias cardíacas, melhora o prognóstico dos pacientes. Sua tese conseguiu mudar os protocolos das cirurgias cardíacas.