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Deputado Luis Miranda quer investigação sobre possível espionagem de Bolsonaro

Os irmãos Miranda denunciaram, na CPI da Covid, irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin. Foto: Agência Senado
Os irmãos Miranda denunciaram, na CPI da Covid, irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin. Foto: Agência Senado

O deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) disse, em entrevista à revista Veja, que pode ter sido espionado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) após o depoimento que prestou na CPI da Covid, no Senado, no dia 25 de junho.

Ele e seu irmão, Luis Ricardo Miranda, que é servidor concursado no Ministério da Saúde, denunciaram irregularidades na negociação da compra da vacina indiana Covaxin. Eles afirmaram que Bolsonaro soube das denúncias em encontro no Palácio do Planalto, em março, mas não tomou nenhuma atitude.

O deputado acionará a Polícia Federal para investigar a possível espionagem por parte do presidente.

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Luis Miranda disse, na entrevista, que chegou a ser filmado enquanto chegava para uma reunião. Segundo ele, bolsonaristas o estão perseguindo em pontos estratégicos do Congresso Nacional e em outros lugares frequentados por ele.

A tentativa, de acordo com o parlamentar, seria montar uma história de que Luis Miranda conspira com os senadores Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI, e Omar Aziz (PSD-AM), presidente da comissão, para derrubar o governo.

“Irei entrar com um pedido de investigação por parte da Polícia Federal para saber se eu fui grampeado de forma ilegal, espionado de forma ilegal e até se estavam pretendendo fazer algum mal ou até tirar a minha vida para impedir que eu falasse a verdade. O presidente sabe o que ele falou para mim”, disse Miranda em entrevista à Veja.

O deputado não descarta que a orientação para supostamente o espionar tenha partido do próprio ocupante do Planalto:

“A espionagem só mostra que o presidente desde o início estava tentando encobrir algo que ele sempre teve conhecimento que ocorria dentro do Ministério da Saúde. Ele sabe que se viesse a público detalhadamente a forma como ele adjetivou as pessoas com quem hoje ele anda ‘ombradamente’, ele sofreria processo de impeachment no dia seguinte”, concluiu Luis Miranda.

Com informações do Uol