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Machismo: apenas 2 mulheres já trabalharam no gabinete de Arthur do Val

Arthur do Val
Arthur do Val tem sido criticado por áudios

A atuação de Arthur do Val (Podemos-SP) no Legislativo paulista mostra que mulheres não são tratadas de forma igualitária em seu gabinete, o que poderia ser compreendido como sinal de machismo. Até hoje, apenas duas mulheres trabalharam no gabinete. As informações são do Metrópolis. 

Em consulta à área de transparência da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), é possível observar que são poucas as mulheres que já trabalharam no gabinete do deputado. Ele ganhou notoriedade pela atuação no Movimento Brasil Livre (MBL). 

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Contratação baixa de mulheres é sinal de machismo

Para se ter uma ideia, dos nove assessores lotados no gabinete, apenas uma é mulher. Nomeada em 22 de novembro de 2022, a secretária especial legislativa Adelina Castro Oliveira é uma das duas pessoas do sexo feminino que trabalharam com Arthur durante o mandato na Alesp, iniciado em janeiro de 2019.  

Além dela, a radialista Janiffer Ferreira Cabral, foi a outra mulher que trabalhou para o parlamentar. Segundo seu perfil no LinkedIn, ela foi admitida em agosto de 2020 para a função de produtora e foi exonerada seis meses depois. Desde janeiro de 2019, 16 servidores já foram nomeados para o gabinete.

Tal comportamento poderia evidenciar o machismo do deputado, que se fez presente em suas declarações sobre as mulheres ucranianas. O parlamentar desembarcou no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, na manhã deste sábado (5/3) e pediu desculpas pelas mensagens machistas. Ele também anunciou que não será mais candidato ao governo de São Paulo.

Machismo de deputado Arthur do Val causou revolta

Em uma série de áudios vazados nesta sexta-feira (4) e enviados a um grupo de amigos no Whatsapp, o deputado estadual e pré-candidato ao governo de São Paulo Arthur do Val (Podemos-SP) agiu com machismo ao fezer uma série de afirmações sobre as refugiadas e policiais ucranianas.

As falas causaram revolta na sociedade. A ex-embaixatriz da Ucrânia, por exemplo, pediu cassação de Arthur do Val e o pré-candidato á Presidência, Sério Moro (Podemos) decidiu retirar o apoio à candidatura de Arthur do Val ao governo de São Paulo. Na ocasião, o candidato da terceira via disse que jamais apoiará pessoas que têm esse tipo de opinião.

O episódio de machismo também rendeu o fim do relacionamento amoroso entre Arthur do Val e Giulia Blagitz. Em publicação feita enquanto o parlamentar ainda estava em voo da Ucrânia para o Brasil, Giulia escreveu que “infelizmente a vida é imprevisível e muitas vezes nos leva a caminhos que não compreendemos”.

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