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Marcius Melhem rebate Piauí sobre censura e diz que revista mente

Marcius Melhem- Foto: Reprodução

Em nota enviada ao DCM, Marcius Melhem, desmentiu a informação de que teria censurado a ‘Piauí’ por nova reportagem a respeito das acusações de assédio a Dani Calabresa.

“Meu pedido foi tão somente para que fosse apurado o vazamento de informações sigilosas e para que eu pudesse me defender com as provas que tenho. Não pedi segredo de justiça em nenhum processo. A ‘Piauí’, sim, pediu sobre um processo que movo contra a revista”, começou dizendo.

“Seria aberta a qualquer jornalista. Mas sou obrigado a obedecer a Justiça, inclusive pelo sigilo pedido pela ‘Piauí’. Assim que for possível, virei a público mostrar a verdade. ‘Piauí’, suponho, não publicará”, enfatizou em outro trecho.

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Confira a nota na íntegra:

Piauí pede segredo de justiça e mente sobre censura

Não é verdade que meus advogados pediram à Justiça para censurar uma reportagem da Piauí. Meu pedido foi tão somente para que fosse apurado o vazamento de informações sigilosas e para que eu pudesse me defender com as provas que tenho. Não pedi segredo de justiça em nenhum processo. A Piauí, sim, pediu sigilo sobre um processo que movo contra a revista. Eu luto por transparência e verdade e, por mim, este processo não teria segredo algum. Seria aberto a qualquer jornalista. Mas sou obrigado a obedecer a Justiça, inclusive pelo sigilo pedido pela Piauí. Assim que for possível, virei a público mostrar a verdade. Piauí, suponho, não publicará.

O repórter João Batista alegou que fazia uma matéria sobre os “desdobramentos jurídicos” do caso, apesar de não ter publicado uma linha sobre os 6 (seis) processos que abri após as mentiras publicadas. Como a investigação aberta no MP corre sob sigilo judicial, ele sabe que não posso comentar. Mesmo se tivesse acesso às minhas respostas e provas de minha inocência, João Batista não publicaria, pois algumas delas já vieram a público e foram cobertas amplamente pela imprensa – menos pela Piauí.

Meus advogados jamais pediram censura à revista. Pedi tempo para responder porque tinha que consultar a juíza sobre quais fatos eu poderia mencionar em minha defesa, como mensagens trocadas com as supostas vítimas. A Juíza tomou as medidas de preservação do sigilo que julgou necessárias e me manteve proibido de divulgar provas a meu favor. Se a revista se julga censurada por não poder quebrar um segredo de Justiça, por que não me considera também vítima da censura?

O repórter divulgou trechos aos pedaços, como sempre fez em sua parcialidade. Omitiu por qual motivo ele não escreveu uma linha para informar o público da Piauí sobre as provas que deixam claras as mentiras da primeira matéria. Por que a revista Piauí quer vazar um inquérito antes de ter minha defesa lá, ao mesmo tempo em que pede segredo de Justiça no processo que movi contra ela? Afinal, a Piauí é contra ou a favor do sigilo?

Marcius Melhem

Censura de Melhem

A revista Piauí está proibida de publicar uma reportagem sobre os desdobramentos do caso Marcius Melhem, o humorista acusado de assediar sexualmente pelo menos oito mulheres, colegas de trabalho na Rede Globo.

A reportagem da publicação entrou em contato com a assessora de Melhem para lidar com as denúncias de assédio sexual. O repórter contou as revelações que havia apurado e pediu uma entrevista com o humorista, ou seus advogados.

A assessora pediu que as perguntas fossem enviadas por escrito. E pediu mais tempo.

Enquanto negociava tempo, Melhem  entrou na Justiça pedindo que a revista fosse submetida à censura.