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Merval Pereira diz que Bolsonaro já pode ser chamado de genocida

Bolsonaro já pode ser chamado de genocida, avalia Merval
Bolsonaro – (foto: EVARISTO SA / AFP)

Para Merval Pereira, Jair Bolsonaro já pode ser chamado de “genocida”. “O que era um exagero de retórica política, chamá-lo de genocida, passou a ser uma acusação baseada em fatos”, diz o colunista.

“Se fosse possível fazer a medição de quantas pessoas foram contaminadas pelas mãos irresponsáveis de Bolsonaro, teríamos uma avaliação real da consequência direta desastrosa de sua irresponsabilidade”, prossegue, em sua coluna no Globo.

Ele cita o estudo da Prevent Senior e lamenta a subnotificação de casos de covid. Para Merval, a estratégia conta “com requinte de crueldade”. ” Vemos agora que havia uma subnotificação, como os organismos médicos suspeitavam, não apenas pelas mortes não registradas nas regiões mais pobres do país, mas, com requinte de crueldade, em hospitais que, sob os auspícios do governo, maquiavam para baixo a taxa de mortalidade”.

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Merval diz que Queiroga “aderiu ao comportamento bárbaro da tribo”

Para Merval, Marcelo Queiroga, se curvou ao bolsonarismo. “O quarto ministro da Saúde na pandemia parecia ter encontrado um equilíbrio entre o respeito à ciência e o negacionismo de Bolsonaro, mas vê-se agora que o presidente é muito mais resiliente que seu ministro, que aderiu ao comportamento bárbaro da tribo que no momento ocupa o governo brasileiro”, avalia.

O colunista diz que ao mostrar o dedo do meio a manifestantes em Nova York, fez uma “demonstração de lealdade”. A decisão de suspender a vacinação de adolescentes, argumenta, “foi o ponto de não retorno”.

Merval aponta que Queiroga e Pazuello “prezam mais o cargo que a reputação” e, por isso, “permanecem engolindo sapos”.