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Milton Ribeiro se reuniu com pastor que pediu propina, mesmo depois de denúncia

Foto do ministro Milton Ribeiro usando óculos e com fundo azul.
Ministro de Educação, Milton Ribeiro, deve falar ao Senado no próximo dia 29. Foto: Reprodução.

O ministro da Educação do governo BolsonaroMilton Ribeiro, continuou se encontrando com o pastor Arilton Moura mesmo após ficar sabendo de denúncia de propina envolvendo o líder religioso. Ao contrário do que Ribeiro disse em entrevistas, ele se reuniu com Arilton sete vezes após tomar conhecimento, de acordo com informações do jornal O Estado de S. Paulo. O titular da pasta admitiu, em entrevista na quarta-feira (23), que soube de “conversas estranhas” do pastor envolvendo recursos do ministério para municípios.

Em entrevista à TV Record, Milton Ribeiro disse que admitiu ter se encontrado com Arilton “uma ou duas vezes depois da denúncia” e afirma que o proibiu de ir até o Ministério da Educação. No entanto, o levantamento feito pelo Estadão mostra que o ministro se encontrou cinco vezes com o líder religioso no MEC e outras duas vezes fora de lá, mesmo após tomar conhecimento da suspeita de propina.

Uma das vezes que os dois se encontraram fora de Brasília foi no município de Camboriú, em Santa Catarina, em outubro de 2021. Na reunião, Milton Ribeiro ressaltou a amizade “ao pastor Gilmar e Arilton, que estão lá em Brasília mais perto”.

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CGU abriu investigação após solicitação do próprio Milton Ribeiro

Ao receber a denúncia, o próprio Milton Ribeiro afirma ter solicitado uma investigação à CGU. O ministro do órgão, Wagner Rosário, confirmou ao Estadão a abertura da apuração ainda em setembro de 2021. O investigador é o pastor Arilton.

A CGU informou em uma nota que sua investigação constatou “possíveis irregularidades cometidas por terceiros”, mas não de agentes públicos. O caso foi repassado à Polícia Federal, já que há indício de “oferta de vantagem indevida” para liberação de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

Agora, com as novas informações divulgadas pela imprensa, a CGU abriu nova investigação.

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