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Ministro tentou reaproximar Bolsonaro e Moro contra Lula

Sergio Moro e Jair Bolsonaro lado a lado, sorrindo.
Sergio Moro, então ministro da Justiça, com o presidente Jair Bolsonaro em 2019, durante Solenidade de Lançamento do Projeto Em Frente Brasil. Foto: Marcos Corrêa/PR

O ministro da Economia, Paulo Guedes, tentou fazer com que o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-juiz suspeito da Lava Jato, Sergio Moro (Podemos), fizessem as pazes e se tornassem amigos novamente. De acordo com Guedes, os dois deveriam voltar a se unir contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para impedir que o petista voltasse ao poder. A informação é da coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles.

O argumento que o “chicago boy” utilizou foi de que os dois “maiores nomes da direita brasileira” não poderiam estar separados, já que isso aumenta a “chance da esquerda” voltar a comandar o país. Ele tem trocado mensagens de WhatsApp com o ex-ministro da Justiça e tentado conversar com o chefe do Executivo sobre o assunto.

No entanto, segundo Guilherme Amado, Paulo Guedes não nutre esperança que sua empreitada dê certo. Um interlocutor disse, inclusive, que Moro disse ao ministro da Economia que ele deveria pedir demissão e deixar o governo.

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Ainda em 2018, Bolsonaro convidou Moro para ser “superministro”

O então juiz Sergio Moro (agora pré-candidato à presidência da República pelo Podemos) foi convidado, em 2018, pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro (na época, no PSL), para comandar o que chamou de “superministério” da Justiça e Segurança Pública. O combate à corrupção e à criminalidade eram os carros-chefes da campanha do atual mandatário. A promessa era de “carta-branca” para Moro “trabalhar”.

No entanto, os primeiros atritos começaram quando Moro resolveu nomear a cientista política Ilona Szabó para o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária. Ignorando a promessa de autonomia para o ministro, Bolsonaro passou por cima da decisão e “desnomeou” Ilona. Desde então, Moro foi perdendo força e poder no governo. Ainda em agosto de 2019, Bolsonaro novamente interferiu na sua pasta, trocando o comando da Polícia Federal, e tirou o controle do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) das mãos do ex-juiz. Os dois órgãos faziam investigações sobre o esquema de rachadinha no gabinete de Flávio Bolsonaro, filho 01 do presidente.

Em abril de 2020, Sergio Moro pediu demissão do ministério e fez acusações de que o presidente estava interferindo politicamente na Polícia Federal. Suas denúncias, no entanto, não foram para frente.

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