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Veja os motivos que causaram a briga entre Mario Frias e ministro do Turismo

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Mario Frias está em guerra contra ministro

O motivo da briga entre o secretário especial da Cultura, Mario Frias, e o ministro do Turismo, Gilson Machado, pode ter ocorrido por cortes orçamentários para o setor. Pelo menos é o que informa o jornal O Globo.

O ex-ator e o ministro bolsonarista são inimigos dentro do governo e armaram barraco no último dia 15. Foi preciso que o presidente Bolsonaro mandasse os dois “calarem a boca”.

Segundo a reportagem, os recursos não executados “por questões ideológicas” na pasta se tornaram uma dor de cabeça para Machado. Isto porque pode gerar mais cortes para o Turismo no orçamento de 2022.

Enquanto isso, Frias quer mais autonomia e recursos para guiar a Secretaria. No fim de agosto, por exemplo, ele pediu suplementação orçamentária para a pasta. Sua justificativa foi que houve redução de recursos nos últimos anos. A Cultura recebeu quase meio bilhão em 2019. Neste ano, o valor é R$ 174,5 milhões.

Entre 2011 e 2021, o valor investido na Cultura caiu 47%. O extinto Ministério da Cultura tinha R$ 3,33 bilhões. Neste ano, o valor autorizado foi de R$ 1,77 bilhão. No ano passado, a quantia executada não passou dos R$ 610 milhões. Neste ano, está na casa dos R$ 380 milhões.

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Barraco entre Mario Frias e o ministro do Turismo

A briga entre o ministro do Turismo, Gilson Machado, e o secretário especial de Cultura, Mario Frias, irritou Bolsonaro. O bate-boca ocorreu no gabinete localizado no terceiro andar do Palácio do Planalto. O presidente não gostou nem um pouco e mando os dois “calarem a boca”. A informação é do jornal O Globo.

A Secretaria de Cultura é subordinada ao Ministério do Turismo. E isso tem deixado Frias desconfortável. Ele tem pedido mais autonomia, o que Gilson não quer dar. E a situação piorou, porque o ex-ator levou o assunto para Bolsonaro.

Mario pediu que sua pasta tenha uma Consultoria Jurídica. Segundo ele, os pareceres emitidos pelo departamento único do ministério não permitem mudanças nas diretrizes das políticas culturais. O que, na visão dele, é um equívoco.

André Porciuncula, braço-direito de Frias, é acusado, assim como seu chefe, de promover desmonte na Cultura. Tudo por questão ideológica. E isso faz com que eles tenham propostas “ilegais”. Quem tem freado tudo é o ministro, alertado pela sua equipe jurídica.

Outro pedido do ex-ator é que ele mande e desmande nos recursos da secretaria. Atualmente, quem define isso é o Ministério do Turismo. Frias acusa o ministro de controlar a agenda em benefício próprio.

Todos do governo entendem que essa briga é por visibilidade. Ambos querem disputar às eleições de 2022. Frias quer ser deputado estadual por São Paulo e Gilson sonha com o Senado.