Apoie o DCM

“Ele acabou ejaculando na minha cara”: mulheres acusam o médico Renato Kalil de assédio sexual

O médico Renato Kalil foi acusado de violência obstétrica e abuso sexual por pacientes.
O médico Renato Kalil foi acusado de violência obstétrica e abuso sexual por pacientes. Imagem: Reprodução/Todo Seu no YouTube

Na última semana, surgiram novas denúncias de mulheres contra o ginecologista e obstetra Renato Kalil por violências no consultório ou durante partos. Com 36 anos de carreira e mais de 10 mil partos realizados, o médico, de 60 anos, é acusado de violência obstétrica, assédio moral e abuso sexual.

Kalil é irmão do cardiologista Roberto Kalil Filho, conhecido por atender famosos, como os ex-presidentes Lula, Dilma Rousseff e Michel Temer. O ginecologista também coleciona no currículo pacientes célebres, caso da jornalista Andréia Sadi, da apresentadora Luciana Gimenez e dos ex-jogadores Ronaldo e Roberto Carlos.

O nome de Renato Kalil foi primeiramente relacionado a um caso de violência obstétrica após vazarem áudios da influenciadora Shantal Verdelho narrando a conduta do médico no parto de sua segunda filha. O médico, por sua vez, afirmou que “jamais recebeu nenhum tipo de reclamação no CRM ou em qualquer hospital”. Ele disse também que nunca teve a intenção de “ofender ou magoar qualquer pessoa, em especial suas pacientes”. O médico também pediu desculpas “se alguém se sentiu ofendido”.

Leia também:

1; Em jantar do Prerrogativas, Lula pediu Alckmin no PSD

2; Após jantar, Lula diz que quer Alckmin como vice: “Se o partido dele quiser”

3; Conheça Gabriel Boric, ex-líder estudantil e novo presidente do Chile

Denúncias contra Kalil

Uma mulher contou que foi a uma consulta com Kalil após indicações de uma pessoa próxima, que fazia tratamento para engravidar com o médico. No consultório, o ginecologista disse que ela tinha “um corpo muito bonito” e fez perguntas sobre a vida sexual dela o que a deixou contrangida. Com informações do UOL.

Outra paciente, que preferiu não se identificar, o acusou de gordofobia e quebra de sigilo. Já uma ex-funcionária contou ter sofrido abusos dentro da casa dele. Segundo ela, Renato Kalil pedia que ela “tocasse nele”, além de forçar relações sexuais. Esses momentos foram definidos por ela como “a coisa mais difícil da minha vida”. “Para mim ele é um doente”, disse.

Os relatos encorajaram Letícia a falar publicamente e prestar queixa dos abusos sofridos durante um procedimento ginecológico na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Segundo a paciente, ela acordava com o médico em cima dela, que não tinha forças para falar ou gritar.

“Desde o primeiro dia eu estava deitada, sonolenta. Eu acordei com ele em cima de mim, com o pênis dele na minha boca. A minha camisola estava aberta e com a outra mão ele passava no meu peito. Ele acabou ejaculando na minha cara”, conta.

Participe de nosso grupo no WhatsApp clicando neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link