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“Novato” causa estranheza entre ministros do STJ: “furando a fila”

Sessão da Corte Especial do STJ presidida pelo ministros Humberto Martins
Sessão da Corte Especial do STJ presidida pelo ministro Humberto Martins – Gustavo Lima/STJ

Oficializada na semana passada, a retirada da candidatura do desembargador Rogério de Meneses Fialho Moreira para o STJ trouxe à tona um mal-estar entre ministros e a presidência da corte.

Com quase três décadas de magistratura, Rogério Fialho era um dos inscritos pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região e contava com o apoio de ministros do STJ oriundos dele, diferentemente de seu colega de TRF-5 Cid Marconi Gurgel de Souza, que também concorre às duas vagas abertas no STJ.

Marconi, porém, tem um padrinho de peso: o presidente do STJ, Humberto Martins. A resistência ao nome de Cid Marconi, expressada por candidatos às vagas no STJ e até mesmo por ministros, reside no fato de ele ter apenas seis anos de atuação na magistratura. Embora não haja previsão constitucional, a tradição do STJ é de nomear pessoas com mais tempo de carreira.

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Ministros veem Marconi como fura fila

Entre os 16 candidatos inicialmente inscritos, a maioria tem ao menos duas décadas de atuação. Marconi, portanto, estaria “furando a fila”, o que não é visto com bons olhos. Com informações da Folha.

Outro aspecto que causou estranhamento na corte foi o fato de Humberto Martins apoiá-lo apesar de não ser oriundo do mesmo tribunal nem do mesmo estado, quebrando mais uma tradição.

O presidente da corte nega que exista qualquer mal-estar entre as candidaturas e diz que o estado de Alagoas, do qual é natural, integra o TRF-5.

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