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‘O jogo virou’: Padilha comenta matéria do DCM mostrando que Dallagnol manipulou delação

Veja Deltan Dallagnol
Deltan Dallagnol. Foto: Wikimedia Commons

O deputado Alecandre Padilha foi às redes sociais comentar a reportagem exclusiva do Diário do Centro do Mundo (DCM) que mostra diálogos indicando que Deltan Dallagnol mudou a delação premiada de Barusco para incluir o PT.

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“Então Dallagnol escreveu a delação de Pedro Barusco, colocando o PT no meio com fins políticos”, escreveu Padilha. “A gente vem batendo nessa tecla há muito tempo. Dallagnol e sua trupe se juntaram para tirar o @LulaOficial do jogo político. Parece que o jogo virou, né?”.

DCM mostra que Dallagnol participou de manipulação de delação

Diz o repórter Vinícius Segalla:

Os procuradores da extinta força-tarefa Operação Lava Jato, do Ministério Público Federal no Paraná (MPF-PR), propuseram cláusulas extras, criaram uma nova versão e negociaram os termos da delação premiada do ex-executivo da Petrobras Pedro Barusco, no início do ano de 2015.

O objetivo era incluir o Partido dos Trabalhadores entre as figuras delatadas, com a intenção manifesta de atingir fins políticos e “derrubar a República”.

É o que mostram diálogos travados por mensagens de celular entre os procuradores Deltan Dallagnoll e Athayde Ribeiro Costa – respectivamente chefe e membro da extinta força-tarefa – analisados pela Polícia Federal no âmbito da chamada Operação Spoofing e aos quais o DCM teve acesso.

No dia 19 de novembro de 2014, foi assinado por ele e pelos procuradores da Lava Jato o seu acordo de delação premiada, documento público cujo trecho final é reproduzido abaixo.

O documento, no entanto, não caiu no gosto de Deltan Dallagnol e Athayde Ribeiro Costa.

Diálogo entre os dois procuradores ocorrido no dia 3 de janeiro de 2015 – e periciado pela Polícia Federal – evidencia que os operadores da Lava Jato estavam trabalhando no aditamento da delação de Barusco.

Os procuradores estavam construindo, de próprio punho, uma nova delação para Pedro. Conforme debatiam, eles analisavam os elementos disponíveis para incluir o Partido Progressista (PP) entre os entes que seriam beneficiados pelo esquema de corrupção que estariam instalado na Petrobras.