Futuro do orçamento secreto está nas mãos de dois ministros do STF

Foto: Nelson Jr./SCO/STF
Os ministros do STF Alexandre de Moraes e Ricardo Lewandowski devem definir o futuro do chamado orçamento secreto.
A votação está aberta desde a meia-noite desta terça-feira (9). O ministro Edson Fachin já votou pela suspensão do orçamento secreto. Com o voto do magistrado, o placar está 4 a 0.
Os oito outros ministros devem votar pelo sistema eletrônico do STF, a não ser que um deles peça para que seja julgado fisicamente. Se não houver o pedido, todos eles devem registrar seus votos no ambiente virtual até 23h59 desta quarta (10).
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Já se tem uma ideia sobre os votos dos demais magistrados, com exceção de Moraes e Lewandowski, de acordo com a colunista Vera Magalhães.
Segundo ela, Lewandowski “vota contra qualquer medida que caracterize interferência demasiada do Judiciário no Legislativo, mas recentemente tem dado várias decisões no sentido de equilibrar os poderes e conter abusos do governo Jair Bolsonaro”.
A jornalista lembra que Moraes “tem sido bastante duro com o governo, a ponto de ter passado a ser tratado como inimigo pelo bolsonarismo, mas tem bom trânsito com a classe política, que está unida, da oposição à base aliada, em defesa das emendas”.
Bolsonaro reclama de suspensão do orçamento secreto: “STF interfere em tudo”
Jair Bolsonaro reclamou da suspensão do orçamento secreto pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Em entrevista ao canal Jornal da Cidade, um site de fake news, o presidente afirmou: “Você vê o STF também. Cada vez mais o Supremo, na verdade, interfere em tudo. Hoje teve interferência agora nessa história do orçamento secreto. Orçamento secreto publicado no Diário Oficial da União… Mas tudo bem…”
A pauta está em julgamento neste momento na Corte. Quatro ministros já votaram pela suspensão das “emendas do relator”. São eles: Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia e Rosa Weber.