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Pastores criam gabinete paralelo para controlar Ministério da Educação

Milton Ribeiro; ele criou gabinete paralelo com pastores no Ministério da Educação
O pastor Milton Ribeiro, ministro da Educação criou um gabinete paralelo para controlar Ministério – Foto: Reprodução

Pastor presbiteriano, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, está deixando um grupo de religiosos ligados a ele controlarem o ministério. Segundo reportagem do Estadão, formou-se um gabinete paralelo composto por pastores que não têm vínculo nenhum com a administração pública nem com o setor de ensino.

Eles têm participado de reuniões fechadas para discutir as prioridades da pasta e até o uso da verba destinada à educação no Brasil. Os pastores atuam como lobistas, viajando em voos da FAB e abrindo as portas do gabinete de Ribeiro para prefeitos e empresários.

Quem lidera o grupo são os pastores Gilmar Silva dos Santos, presidente da Convenção Nacional de Igrejas e Ministros das Assembleias de Deus no Brasil, e Arilton Moura, assessor de Assuntos Políticos da entidade.

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Pastores participaram de pelo menos 22 agendas do MEC

Gilmar e Arilton estiveram em pelo menos 22 agendas oficiais no MEC nos últimos 15 meses. 19 delas contaram com a presença do ministro. Na agenda oficial de Ribeiro, as reuniões são descritas como de “alinhamento político”.

O pastor Gilmar afirmou, em maio passado, que era o responsável por garantir verbas para prefeituras. A declaração ocorreu em uma viagem de Milton ao município de Centro Novo do Maranhão (MA).

“Estamos fazendo um governo itinerante, principalmente através da Secretaria de Educação, levando aos municípios os recursos, o que o MEC tem, para os municípios”, disse ele em vídeo obtido pelo Estadão.

“Eu dirijo a nação para onde desejarem”, diz Bolsonaro a pastores

Em encontro com pastores no Palácio da Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmouque dirige o país “para o lado” que eles “desejarem”. Na prática, a cerimônia permitiu que lideranças religiosas demonstrassem apoio a Bolsonaro.

“Seria muito fácil estar do outro lado. Mas, como eu acredito em Deus, se fosse para estar do outro lado, nós não seríamos escolhidos. Eu falo “nós” porque a responsabilidade é de todos nós. Eu dirijo a nação para o lado que os senhores assim o desejarem”, declarou. Logo após Bolsonaro mencionou o esforço “troca de informações” e fez menção ao fim do governo, ao dizer que “um dia haverá um ponto final”.

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