Líder do PDT diz que não “recebeu orientação” de Ciro na PEC dos Precatórios

O Líder do PDT na Câmara dos Deputados, Wolney Queiroz, diz não ter recebido orientação de Ciro Gomes para o voto do partido na PEC dos Precatórios. “A imprensa especializada já anunciava que PDT e PSB poderiam votar a favor da PEC. Apesar disso, não recebi do presidente Ciro um telefonema, um e-mail, uma mensagem, um recado. Nada. Rigorosamente nenhuma orientação”, diz o parlamentar.

Ele reagiu à ameaça de Ciro, que prometeu suspender sua candidatura, e disse que deixa sua posição à disposição do partido. “Política não é para fracos”, afirma, alegando que formou maioria para a PEC em discussão interna. Lembra também que André Figueiredo, pedetista que negociou o apoio à proposta, almoçou com o presidente da sigla, Carlos Lupi, “cientificando-se da tendência que se avizinhava”.

“Reitero que o posto de líder está à disposição dos deputados e deputadas, bem como à disposição da direção nacional do partido”, finaliza o deputado após ter sido massacrado pela orientação.

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O apoio do PDT à PEC dos Precatórios

O partido teve papel crucial na votação da PEC. A proposta foi aprovada por 312 votos, somente quatro a mais do que o mínimo necessário (308). Só o PDT deu 15 votos para aprovar a medida. O partido foi convencido na tarde de ontem após proposta de acordo de Arthur Lira.

A orientação do partido gerou crise interna. Além de Ciro, Túlio Gadêlha também criticou a sigla. Parlamentares da sigla bateram boca na Câmara. Paulo Ramos, que foi contra a medida, e André Figueiredo, ex-líder do partido, que votou a favor, discutiram na saída do plenário.

“Quer vegonha”, gritou Ramos a Figueiredo, que respondeu: “Ah, tá certo. Você que é puxadinho da esquerda”. Na tréplica, Ramos citou o pré-candidato pela sigla: “Quero ver agora o Ciro Gomes defender isso na campanha, no palanque”.

 

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