Apoie o DCM

Presidente do PDT mantém pré-candidatura de Ciro em meio a crise no partido: “É irreversível”

Carlos Lupi e Ciro Gomes
Carlos Lupi e Ciro Gomes.
Foto: Reprodução

Nesta sexta-feira (5), o presidente do PDT, Carlos Lupi, afirmou que Ciro Gomes seguirá como pré-candidato à Presidência pelo partido.

Leia também:

1- Bolsonarista Márcio Garcia se revolta com a Globo após perder programa

2- Em dois dias, Bolsonaro liberou R$ 900 mi em emendas para PEC dos Precatórios

3- OAB estuda ação para suspender votação da PEC dos Precatórios

Após a vergonhosa posição do partido na votação da PEC dos Precatórios, da qual 15 dos 21 deputados pedetistas votaram a favor, Ciro anunciou que suspendeu sua pré-candidatura. Ele disse que recebeu a notícia como uma “surpresa fortemente negativa” e pediu que a sigla “reavalie sua posição”. A decisão abriu uma crise no partido.

De acordo com Lupi, porém, a escolha de Ciro como postulante ao Palácio do Planalto é “irreversível”.

“A candidatura é irreversível. Isso já foi definido pelo partido. Ele fez um gesto ontem contrário à votação do partido em relação à PEC. Mas estamos conversando com cada um para que a bancada vote contra a proposta [no segundo turno da votação]”, disse ele ao Globo.

“Ele sabia de tudo”: Ciro Gomes não foi pego de surpresa com votos do PDT na PEC

Ciro Gomes sabia que um grupo de deputados do PDT estava decidido a votar na PEC dos Precatórios. Mas o presidenciável trabalhou internamente para convencer todos a seguirem o seu desejo: ir contra o interesse do governo Bolsonaro. Carlos Lupi, presidente da sigla, apoiou a decisão do ex-governador do Ceará. Porém, eles falharam na missão.

Após a votação, Ciro suspendeu sua pré-candidatura e os bastidores da sigla explodiram. Lupi iniciou o plano “apaga-incêndio” e começou a conversar com cada deputado da legenda. Ele deixou claro que o PDT precisa ser oposição e seguir o projeto que Gomes tem.

Só que escutou diversas reclamações. Um grupo informou que não podem ficar sem emendas. “Eu falei que muitas cidades da minha base estão com o orçamento comprometido com pagamento de pessoal. Não tem como investir. Então os únicos investimentos saem das emendas. Sem elas, não temos a menor chance no ano que vem”, falou um parlamentar que pediu para não ter seu nome revelado.

“Ele [Ciro] sabia de tudo. Ele sabia que muitos de nós iríamos votar a favor da PEC. Só que não aceitou e reagiu fortemente hoje de manhã”, lamentou. “Eu e outros colegas defendemos que o PDT precisa liberar os parlamentares para votarem como quiserem. O Ciro tem a posição dele, mas temos a nossa também”, completou.

Participe de nosso grupo no WhatsApp clicando neste link.

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link.