PF suspeita que ex-presidente da CBF foi usado para gerar caixa 2 para a Precisa

A Polícia Federal (PF) investiga o escritório de Marco Polo Del Nero, ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). A suspeita é de que a empresa tenha sido usada para gerar caixa 2 para a Precisa Medicamentos. Ou seja, existem indícios de que o escritório foi utilizado para simular contratos e gerar dinheiro em espécie para pagar propina a políticos. O esquema teria como objetivo a troca de contratos com órgãos públicos.
A Receita Federal encontrou contratos suspeitos no valor de R$ 7,2 milhões com a Global Gestão em Saúde. Os documentos eram firmados com o Marco Polo del Nero e Vicente Cândido Advogados, segundo a coluna de Fausto Macedo no Estadão. A Global, ligada à Precisa, chegou ao noticiário com as suspeitas no contrato da vacina Covaxin. A Precisa é do mesmo grupo empresarial da Global.
A PF diz que “houve prova do pagamento, mas não da prestação de serviços”. Para a corporação, a prova indica que o o caso se trata de “mais uma simulação”.
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A PF chegou até a Global a partir de delação
Os agentes chegaram até a Global por meio da delação dos advogados Luiz Carlos da Fonseca Claro e Gabriel Silveira da Fonseca Claro. Eles são pai e filho. No depoimento, revelaram que ajudaram a administradora a gerar R$ 6,4 milhões em notas frias para caixa dois.
O caso voltou a ser investigado após revelações da CPI da Covid, mas a PF apura o caso desde 2018 com a Operação Descarte.