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PF faz operação para investigar compra milionária de respiradores no governo Doria

João Doria
O governador de SP, João Doria.
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Na manhã desta terça-feira (22), a Polícia Federal cumpre sete mandados de busca e apreensão. O órgão investiga um suposto direcionamento e superfaturamento na venda de ventiladores pulmonares para o estado de São Paulo, comandado pelo governador João Doria (PSDB). As ordens judiciais foram expedidas pela 10ª Vara Criminal Federal de SP.

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Segundo a apuração da PF, o governo de SP adquiriu 1.280 ventiladores pulmonares fabricados na China, de empresa estrangeira, com sócios brasileiros, escolhida por dispensa de licitação, pelo valor de USD 44 milhões (R$ 242.247.500,00). A compra teria ocorrido no início da pandemia, em abril de 2020.

Peritos criminais identificaram um sobrepreço estimado em R$ 63.318.356,00, além de elementos que indicam direcionamento indevido.

Os indícios sugerem ainda a ocorrência de lavagem de dinheiro, em que a empresa intermediária envia uma parcela para pagamento de vantagens indevidas e outra parcela para pagamento do fornecedor do produto.

Ala do PSDB coloca em risco candidatura de Doria

A pré-candidatura à presidência de João Doria corre sério risco de não sair do papel. Isto porque uma ala do PSDB fará uma reunião com as direções da sigla e do Cidadania. O objetivo é mostrar que o governador de São Paulo não tem a menor condição de representar a chapa que terá as duas agremiações unidas.

A informação foi dada inicialmente pela jornalista Daniela Lima e confirmada pelo DCM. O chefe do executivo paulista é visto como um político “arrogante” e “não sabe agregar”. Por isso o nome dele é mal visto pelo o eleitorado, apesar das suas ações na pandemia terem sido elogiadas.

A explicação do grupo é que o governador não dá um passo para criar um bom relacionamento com outros setores tucanos. Tanto que ironizou o jantar de lideranças do partido, chamando-os de “derrotados”. Além disso, não esconde seu desprezo da ala liderada por Aécio Neves.

Sem a simpatia dos militantes da legenda, os psdbistas vão exigir que outro nome entre no páreo. Não necessariamente para ser candidato à presidência, já que há chance de compor em outro grupo como vice. Inclusive numa parceria com o ex-juiz Sergio Moro.

Eduardo Leite não foi para o PSD, porque irá esperar a decisão dos tucanos em relação ao João Doria.

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