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PF defende que TSE passe para Abin a segurança de votos das urnas eletrônicas

Veja a urna eletrônica
Urna eletrônica. Foto: Wikimedia Commons

Polícia Federal defende que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) dê para a Abin (Agência Brasileira de Inteligência), um órgão do governo federal, a atribuição de segurança na transmissão dos resultados extraídos das urnas eletrônicas.

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Urnas eletrônicas na mão da Abin?

De acordo com a Folha de S.Paulo, em 22 de setembro, o atual diretor-geral da PF, Paulo Maiurino, enviou ao Senado um documento que detalha recomendações feitas ao TSE, entre elas a que cita a Abin.

Relatório revelado agora ao Congresso foi elaborado quase três anos antes, em 3 de outubro de 2018, a quatro dias do primeiro turno da eleição presidencial vencida por Jair Bolsonaro, um feroz crítico das urnas eletrônicas, o que inclui declarações mentirosas e golpistas.

Desde julho de 2019, o delegado da PF Alexandre Ramagem é diretor-geral da Abin. Ele é amigo da família Bolsonaro e chegou a ser escolhido pelo presidente, em abril de 2020, para ser diretor-geral da PF. A nomeação foi suspensa à época pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

Nas eleições em 2020, o material da Polícia Federal sobre as urnas foi levado em consideração no tribunal para alterações na centralização de bancos de dados.

Recomendação sobre a Abin foi alvo de questionamento ao representante da PF que participou de uma sessão temática no Senado sobre a apuração e totalização de votos nas eleições.

A sessão foi realizada no dia 27 de setembro. Maiurino foi representado pelo delegado Luís Flávio Zampronha, diretor de Investigação e Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal.

Delegado foi questionado pelo senador Espiridião Amin (PP-SC), que apresentou o requerimento para a sessão e que conduziu o encontro virtual, sobre a atualidade da recomendação feita pela PF no relatório de 2018 e se ela havia sido atendida.