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PGR segue Moro e defende incluir declaração de Bolsonaro ao inquérito sobre interferências na PF

Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro.
Foto: Evaristo Sá / AFP

O vice-PGR Humberto Jacques de Medeiros enviou ao STF uma manifestação em favor de um pedido do ex-juiz Sergio Moro para juntar uma entrevista do presidente Jair Bolsonaro ao inquérito que investiga suposta tentativa de interferência na Polícia Federal.

Na entrevista, Bolsonaro afirmou que, em reuniões ministeriais, dizia que ‘não queria ser blindado, mas não podia admitir ser chantageado’. O presidente deixou claro o motivo da demissão de Sergio Moro, acusando-o de não ter interferido no Coaf e na Receita Federal a fim impedir a investigação sobre a rachadinha de seu filho Flávio e de sua mulher, Michelle.

O parecer de quatro páginas foi assinado no último dia 23 e protocolado no STF nesta segunda-feira (27). No documento, Humberto Jacques ponderou que a entrevista é interessante para que o Ministério Público Federal formule sua opinião sobre o caso, considerando que a investigação mira suposta ‘busca de favorecimento pessoal pelo presidente partir da indicação de cargos de direção na Polícia Federal’.

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O que disse o vice-PGR?

Segundo o vice-PGR, a entrevista será analisada ‘em momento oportuno, conjuntamente com os demais elementos colhidos no curso da investigação’.

“A entrevista demonstra-se conveniente para que o Ministério Público Federal formule sua opinião sobre o caso, considerando que a investigação mira suposta ‘busca de favorecimento pessoal pelo presidente partir da indicação de cargos de direção na Polícia Federal’. Será analisada em momento oportuno, conjuntamente com os demais elementos colhidos no curso da investigação”, disse o vice-PGR.

O pedido de inclusão feito por Moro diz que a entrevista tratou de “pontos que são de relevância para as investigações levadas a efeito neste apuratório”.

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