PF pediu prisão de dono da Precisa, mas juíza negou; Veja o motivo

A PF e o MPF pediram a prisão temporária e a busca apreensão na casa de Francisco Emerson Maximiano, dono da Precisa e da Global. Isto porque há suspeitas de corrupção das empresas que são alvos da CPI.
Só que a juíza negou as duas solicitações. Maria Carolina Akel Ayoub, da 2ª Vara Federal Criminal de São Paulo, disse que não havia indícios de que Maximiano sabia das supostas irregularidades.
“Não se está aqui a ignorar o fato de que o cargo de diretor-presidente possui grande domínio sobre as decisões da empresa. De natureza administrativa, comercial e econômico-financeira”, escreveu a magistrada na sua decisão.
“No entanto, não se pode perder de vista que os crimes apurados nesta cautelar são do tipo dolosos. Ou seja, o agente criminoso atua para produzir o resultado lesivo ou assume o risco para produzi-lo”, acrescentou.
“Necessária, além da demonstração da participação societária. A indicação de indícios, ainda que mínimos, do envolvimento do investigado nos fatos supostamente criminosos, sob pena de se promover uma responsabilidade penal objetiva”, concluiu.
Leia mais:
1 – VÍDEO: Zema tira máscara a pedido de bolsonaristas e é aplaudido em evento com o presidente
2 – Veja quanto TSE já arrecadou com bloqueio da monetização de canais bolsonaristas
3 – Um algoritmo não daria uma decisão proibindo passaporte de vacina. Por Lenio Luiz Streck
Dono da Precisa e a servidora de Ricardo Barros
Dono da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano, foi recebido por servidora nomeada por Ricardo Barros. A comissão pretende investigar os desdobramentos de uma reunião ocorrida em 12 de janeiro na sede do Ministério da Saúde.
Naquela ocasião, o dono da Precisa, Francisco Maximiano, pediu ao governo uma mudança na chamada “MP das Vacinas”. Conhecido como Max, ele foi recebido na data pela então diretora de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos da pasta, Camile Sachetti, servidora promovida durante a gestão de Ricardo Barros na Saúde, em 2016.
Essa MP, de interesse de Max, dava autorização para importação de vacinas não registradas pela Anvisa desde que autoridades sanitárias de outros países aprovassem o uso do imunizante. Por meio da emenda de Barros que a Central Drugs Standard Control Organization, da Índia, foi incluída na lista de agências habilitadas.