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Alvo da CPI, Prevent Senior estaria coagindo médicos, diz deputado

Fachada da Prevent Senior
Prevent Senior. Imagem: Divulgação

Orlando Silva usou o perfil do Twitter na noite desta segunda (20) para falar sobre a Prevent Senior. Segundo o deputado federal, o Sindicato dos Médicos de SP fez uma grave acusação contra a empresa. A operadora de plano de saúde é alvo da CPI da Covid.

“ATENÇÃO!!! O Sindicato dos Médicos de São Paulo informa que Prevent Senior está coagindo médicos a assinarem carta eximindo a empresa pela recomendação do kit Covid. Mais um crime para ser investigado pela CPI, além da experiência mengeliana com humanos como cobaias”, escreveu o parlamentar.

A operadora de saúde é pivô de mais um escândalo envolvendo temas relacionados à pandemia de covid-19 no Brasil. A empresa teria ocultado nove mortes de pacientes que participaram de um “estudo” para testar a eficácia da hidroxicloroquina e azitromicina no tratamento da doença. Batista Júnior não compareceu à data prevista alegando que não havia sido comunicado em tempo hábil.

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Prevent Senior e a CPI

Um grupo de 15 médicos que teriam trabalhado na operadora enviaram um dossiê à comissão. Segundo o documento, a Prevent teria sido um “laboratório”. Usado pelo gabinete paralelo – ligado a Jair Bolsonaro – para comprovar que o tratamento precoce com o chamado “kit covid” era eficiente contra a covid-19. As informações foram reveladas pela GloboNews.

Há informações gravíssimas no documento, que mostra nomes, como do diretor da Prevent, Fernando Oikawa. Em uma mensagem, Oikawa teria feito a seguinte recomendação aos médicos: “Iremos iniciar o protocolo de HIDROXICLOROQUINA + AZITROMICINA. Por favor, NÃO INFORMAR O PACIENTE ou FAMILIAR, (sic) sobre a medicação e nem sobre o programa”, de acordo com a reportagem da emissora.

O caso da Prevent Senior é tão grave que a cúpula da CPI, em decorrência dele, estuda prorrogar os trabalhos. Previstos para entrar na reta final na próxima semana. O “estudo” feito pela operadora, que usou pacientes como cobaias, foi apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro e pelos filhos, o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Além da operadora de Saúde, as investigações em torno da Precisa Medicamentos, objeto de operação de busca e apreensão na sexta-feira, também pressionam para a continuidade da comissão por mais algumas sessões.

Confira o tuíte: