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Professora é barrada na Secretaria Municipal de Educação por não estar com roupa “adequada”

Tânia Maruska
Conselheira escolar Tânia Maruska disse que foi constrangida pelo chefe de patrimônio do local – Foto: Reprodução

Nesta quarta-feira (11), a professora e conselheira escolar Tânia Maruska foi impedida de ingressar na Secretaria Municipal de Educação de Natal, no Rio Grande do Norte, em um caso de machismo.

A educadora, que leciona na rede municipal de ensino, teria sido constrangida por um segurança e um membro da chefia de patrimônio que afirmaram que ela estaria vestida com roupas julgadas “inadequadas”.

Tânia é professora da rede municipal de ensino, na Escola Municipal Zuleide Fernandes, onde é presidente do Conselho Escolar, e estava indo na SME fazer uma prestação de conta. Ela também é do Centro de Referência Especializada em Assistência Social.

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O que aconteceu com a professora?

Quando ela chegou ao local, foi solicitado pela recepcionista que esperasse o chefe de patrimônio, chamado Josias, para que ele avaliasse se a roupa dela estava adequada para entrar na secretaria.

Josias teria humilhado Tânia, dizendo que ela é uma educadora e que a roupa “não era adequada para uma profissional da área de educação”. Portanto, não poderia entrar no prédio.

“Ele se alterou porque eu questionei. E eu achei aquilo surreal e disse que já tinha ido com aquela mesma roupa para uma audiência com um juiz, também ao Ministério Público, e nunca foi questionada ou barrada. E ele duvidou. Foi extremamente constrangedor”, afirmou a professora.

De acordo com ela, Josias ligou para o servidor do setor e pediu que assinasse os documentos que ela precisava na portaria, em pé. “Eu fiquei muito nervosa, extremamente humilhada, constrangida. Eu até agora estou sem acreditar que em pleno século 21, depois de tantas conquistas das mulheres, você ser julgada e criminalizada pela roupa que está usando. Nós vivemos numa sociedade patriarcal, machista, misógina. Eu queria saber se fosse um homem ele teria feito o que fez comigo”, questionou Tânia.

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