PSOL quer cassação de Eduardo Bolsonaro

A bancada do PSOL na Câmara dos Deputados protocolou, nesta segunda-feira (04), uma representação no Conselho de Ética da Casa contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A ação pede a instauração de um processo disciplinar para apurar a prática de conduta atentatória contra o decoro parlamentar. O filho 03 do presidente Jair Bolsonaro (PL) debochou e ironizou a tortura sofrida pela jornalista Miriam Leitão, do jornal O Globo.
Durante a ditadura empresarial-militar no Brasil, Miriam Leitão, grávida, foi presa e colocada em uma sala escura com uma cobra. O parlamentar, em uma atitude repugnante, afirmou, no domingo (03), “ainda com pena da cobra”, em referência a tortura sofrida pela jornalista.
“A cassação de Eduardo Bolsonaro é imperativa e urgente. Não há nenhuma condição moral e política dele permanecer à frente de qualquer cargo público. Diante desses fatos, é dever fundamental dos poderes constituídos, inclusive o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados, a tomada das providências cabíveis para punir o Representado pelos referidos atentados contra à dignidade da jornalista Miriam Leitão, e à dignidade de todas as mulheres, por ele perpetrados, pelas razões de direito a seguir expostas”, afirma um trecho da representação protocolada pelo PSOL.
Leia mais:
1. Míriam Leitão agradece gesto de solidariedade de Lula
2. VÍDEO – “A gente matou o Galo”: como o iFood acabou com a greve de entregadores
3. Administradores da Petrobras receberam milhões em 2021; veja valores
Eduardo Bolsonaro já está sendo acionado no Conselho de Ética
Além do PSOL, o PT e o PCdoB também entrarão com representações contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A publicação do filho do presidente debochando da tortura sofrida por Miriam Leitão durante a ditadura foi classificada pelos partidos como repugnante e desumana.
O jornal O Globo, onde a jornalista trabalha, afirmou em um editorial que a afirmação de Eduardo Bolsonaro “deve ser repudiada com toda a veemência”. A publicação afirma que a postura do parlamentar foi “incompatível” com o cargo, “mas sobretudo com a decência e o respeito humanos”.