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PT aponta estratégia da Folha em tentar criminalizar advogados de Lula

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Foto: Reprodução/Twitter

O Partido dos Trabalhadores publicou em seu site oficial, nesta sexta-feira (04), um artigo em que acusa o jornal Folha de S. Paulo de ter publicado uma reportagem para tentar “criminalizar a atuação dos escritórios de advocacia que trabalharam dentro da lei para impedir a consumação de violências e abusos” contra o ex-presidente Lula (PT) e contra outros dirigentes da sigla. O título do artigo vai direto ao ponto: “Folha quer criminalizar direito de defesa de Lula e do PT”.

A reportagem em questão é sobre as despesas do PT nas ações judiciais que envolvem dirigentes do partido. De acordo com o texto da agremiação, a matéria é um “ataque frontal aos princípios constitucionais do direito de defesa, da presunção de inocência e da autonomia dos partidos políticos”. Além disso, o PT afirma que essa reportagem da Folha é “mais uma evidência” de que o jornal é parcial e contrário ao partido e suas lideranças políticas.

“O que a Folha e a imprensa cúmplice da Lava Jato não conseguem admitir é que a Justiça tem prevalecido sobre o Tribunal da Mídia”, alega o PT. A sigla lembra que a imprensa brasileira, de forma majoritária, condenou adversários “sem provas e sem direito de defesa”, atendendo “seus interesses políticos e econômicos”. “A hora da verdade talvez tenha chegado mais cedo do que esperavam”, completa o partido de Lula.

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Confira abaixo o artigo do PT na íntegra

“Folha quer criminalizar direito de defesa de Lula e do PT

A matéria publicada nesta sexta-feira, 4, tenta criminalizar a atuação dos escritórios de advocacia que trabalharam dentro da lei para impedir a consumação de violências e abusos contra dirigentes do partido

A reportagem da Folha de S. Paulo sobre despesas do PT em ações judiciais envolvendo dirigentes do partido é um ataque frontal aos princípios constitucionais do direito de defesa, da presunção de inocência e da autonomia dos partidos políticos. É também mais uma evidência da parcialidade deste jornal contra o Partido dos Trabalhadores e suas lideranças.

A matéria tenta criminalizar a atuação dos escritórios de advocacia que trabalharam dentro da lei para impedir a consumação de violências e abusos contra dirigentes do partido. Ignora a motivação política do conjunto de ações e esconde dos leitores que a Lei Orgânica dos Partidos Políticos prevê a contratação de advogados “em processos judiciais e administrativos de interesse partidário” (Art. 44, VIII, Lei 9096/95).

O caso do presidente Lula fala por si: foi absolvido ou teve denúncias e até condenações anuladas por falta de justa causa ou parcialidade em todas as 24 ações que respondeu. Outros dirigentes também obtiveram vitórias judiciais em casos de perseguição política, alguns até relatados no texto,mas sem o necessário equilíbrio. Nenhuma dessas vitórias da verdade e da Justiça teria sido possível sem a atuação dos advogados contratados pelo PT, em sua autonomia legal e constitucional.

A reportagem de hoje soma sem nenhum critério contratos pagos com fontes diversas de recursos a seis escritórios distintos, para atuar em dezenas de processos ao longo de cinco anos, até chegar a uma quantia chamativa na manchete. É um surrado recurso do pior jornalismo, sempre praticado contra Lula e o PT, que agora chega ao ponto de atingir os profissionais do Direito.

Cabe indagar qual critério jornalístico moveu a Folha a levantar os custos da defesa dos dirigentes do PT, sem compará-los aos de outros partidos que igualmente contrataram advogados para atuar no âmbito da lava-jato e outras ações. Por que só o PT? Por que só o Lula? Acaso a Folha contabilizou quanto tem custado ou virá a custar a defesa de Sergio Moro, Deltan Dallagnol e seus cúmplices nas ações que respondem e vão responder pelos abusos e ilegalidades que praticaram? E de onde virão?

O que a Folha e a imprensa cúmplice da Lava Jato não conseguem admitir é que a Justiça tem prevalecido sobre o Tribunal da Mídia, que condenou sem provas e sem direito de defesa os adversários de seus interesses políticos e econômicos. A hora da verdade talvez tenha chegado mais cedo do que esperavam. Por isso estão irresignados com as decisões judiciais, inclusive do Supremo Tribunal Federal, que jogam por terra o lawfare contra Lula, o PT e seus dirigentes nos últimos anos”.

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