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Queiroga afirma que é “absolutamente contrário” ao uso obrigatório de máscaras

Marcelo Queiroga de máscara
Marcelo Queiroga.
(Foto: Evaristo Sa/AFP)

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que é “absolutamente contrário” ao uso obrigatório de máscaras.

Em visita às obras da Nova Maternidade de Teresina, no Piauí, ele disse que esse tipo de norma “não funciona”.

“Eu acho essa história de lei para obrigar qualquer coisa um absurdo. Primeiro porque não funciona. O que temos que fazer é as pessoas aderirem às recomendações sanitárias. O cuidado é individual, o benefício é de todos. Ficam criando essas cortinas de fumaça para dividir a sociedade brasileira, quando nós precisamos é de união”, declarou.

“Passaporte disso, passaporte daquilo. Meus amigos, a população brasileira em breve vai estar toda vacinada. Todos vão ter esse passaporte. Eu mesmo, vacinado com duas doses — não estou querendo desacreditar as vacinas — adquiri a Covid. [Sou] absolutamente contrário a essas leis”, completou.

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Na noite desta quinta-feira (7), o Brasil atingiu a marca de 600 mil mortes causadas pela Covid-19.

No mesmo dia, a CPI da Pandemia aprovou a reconvocação do ministro.

Antes de votar o requerimento, os senadores discutiram o caso Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias). O órgão retirou de pauta uma análise que faria sobre o “tratamento precoce”. Seria votado um relatório contra o conjunto de drogas ineficazes contra o vírus.

Bolsonaro se irritou com as informações do documento, que condenava o uso dos remédios. Por isso, ele pressionou Queiroga por mudanças no relatório.

Queiroga reconvocado à CPI

Em sessão nesta quinta (7), a CPI da Covid aprovou a reconvocação de Marcelo Queiroga. O requerimento é do senador Alessandro Vieira. A pauta foi aprovada e Omar Aziz vai decidir a data da oitiva. Uma terceira oitiva do ministro da Saúde vem sendo debatida nas últimas semanas pelos parlamentares. Não havia consenso até a votação do requerimento.

Durante a votação, os senadores reclamaram que o ministro não respondeu perguntas feitas na última terça (5). Ele foi questionado sobre a estratégia de vacinação em 2022. O envio das perguntas foi feito como alternativa à nova oitiva.