Site da Record surpreende com “10 motivos para reeleger Bolsonaro”

Foto: Reprodução
O R7, site da TV Record, surpreendeu com uma matéria intitulada “10 motivos para você apoiar a reeleição do presidente Bolsonaro”.
Leia também:
1 – Por que possível prisão de Steve Bannon é terrível para Bolsonaro
2 – MDB resiste à PEC dos Precatórios no Senado e pode melar Auxílio Brasil
3 – Bolsonaro fez piada e mandou recado ao saber que Aécio quer ser vice
Escrito pelo jornalista Guto Ferreira, o texto na verdade não aponta nenhuma razão para votar em Bolsonaro, simplesmente porque não há.
“Se você abriu esta matéria, lamento. Não existem motivos. Assim como não existem Duendes ou o Papai Noel. Fim”, diz o autor.
“É simplesmente o pior governo desde a redemocratização do país. Boa semana para todos”, completa.
O conteúdo da reportagem é inesperado já que a Record, comandada pelo bispo Edir Macedo, apoia o governo. A emissora, no entanto, tem se afastado do presidente.
Relação de Bolsonaro com a Record está por um fio
A relação entre Record e Bolsonaro está por um fio. Isto porque há reclamações das duas partes. O grupo mais radical do presidente tem visto uma postura de “morde e assopra” do canal. Em compensação, bispos que controlam a emissora ficaram incomodados com a falta de maior apoio do governo em relação a Angola.
O DCM apurou que o clima entre as partes ficou tenso com a ida de Fábio Faria para o Ministério da Comunicação. Executivos do canal acharam estranho, mas não resistiram ao nome dele. Até porque, Edir Macedo e Silvio Santos possuem boas relações pessoais e comerciais.
Só que bolsonaristas passaram a dar maior preferência ao SBT do que para Record. A emissora da Barra Funda tentou se manter em paz com o presidente. Adriana Araújo deixou a empresa depois de demonstrar incomodo com o governo na gestão da pandemia. E Augusto Nunes ganhou espaço, sendo chefe da redação do R7.
Só que o clima azedou com a crise da Universal na Angola. A igreja precisou sair do país e a Record foi banida por causa de irregularidades. Bolsonaro não agiu de imediato e a situação ficou fora de controle. Quando Mourão se envolveu, já era tarde. Ele fracassou.