Para continuar existindo, Rede priorizará eleição de deputados em 2022
Dos cinco senadores que elegeu em 2018, o partido Rede Sustentabilidade conta com apenas um: Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Para continuar se firmando como um partido político, as eleições de 2022 são de “vida ou morte” para a sigla. Quem afirma isso são os próprios dirigentes da agremiação.
“Quando digo que é o combate de vida ou morte da Rede, não é frase feita para a militância. É porque existe uma necessidade objetiva”, diz Heloísa Helena, ex-senadora da República e porta-voz nacional da Rede (o equivalente a presidente). “A gente vai vendo, as pessoas vão saindo, vão desanimando”, continua.
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Para continuar existindo, o foco do partido nas eleições do ano que vem será eleger deputados federais. Atualmente, a Rede tem apenas uma: a deputada Joenia Wapichana (RR), que disputará a reeleição.
“O tempo (de propaganda) tem um impacto muito grande”, diz Heloísa. “Em um país de dimensões continentais, não ter um segundo do horário eleitoral, para nós, é uma situação de clandestinidade muito grande. Para nós, nem é o fundo. O pior é não ter acesso ao horário eleitoral”, afirma.
Ter uma votação mínima de deputados federais é condição para participar da divisão do fundo partidário e para ter direito à propaganda de rádio e televisão. A meta da Rede é eleger pelo menos 11 parlamentares na Câmara.
“Se a gente fica o tempo todo convencendo as pessoas de que elas devem disponibilizar os seus nomes para a chapa de deputado federal, isso significa que devemos dizer para nós também”, afirma Heloísa. Ela será uma das candidatas a deputada.
“Eu vou ter que ser (candidata). E digo isso para Marina, para todo mundo”, revela a ex-senadora. Ainda não se sabe se Marina Silva também disputará uma vaga na Câmara.