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Senadores vão divulgar provas da CPI da Covid após Aras proteger Bolsonaro

Randolfe, Renan e Omar
Senadores Randolfe Rodrigues, Renan Calheiros e Omar Aziz na CPI da Covid.
Foto: Edilson Rodrigues / Agência Senado

Nesta quarta-feira (23), senadores que integraram a CPI da Covid vão divulgar as provas coletadas pela comissão e apresentadas à Procuradoria-Geral da República. A informação é da jornalista Mônica Bergamo. Para proteger Bolsonaro, o PGR Augusto Aras tem dito que a comissão não entregou provas sobre os supostos crimes cometidos pelas autoridades durante a crise sanitária.

Aras disse ainda que recebeu apenas um HD com informações “desconexas e desorganizadas”. As declarações revoltaram os senadores, que voltaram a entregar documentos à PGR.

Leia mais:

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2 – Acusações da CPI da Covid contra Bolsonaro chegam ao Tribunal de Haia
3 – Criticado, Aras diz que deu andamento às investigações da CPI

Renan diz que vai mostrar provas “que só o Aras não vê”

“Vamos mostrar as provas que o Brasil inteiro conhece, que o Ministério Público do Distrito Federal [que investiga pessoas sem foro] conhece, que o Supremo Tribunal Conhece, que os assessores da PGR conhecem –e que só Aras não vê”, afirmou o senador Renan Calheiros (MDB-AL), que foi o relator da CPI.

“Ele atua como se as provas contra Bolsonaro, seus filhos e seus ministros não fossem amplamente conhecidas, como se não houvesse até confissão do crime de prevaricação, por exemplo”, acrescentou Renan.

Os documentos contêm evidências contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), quatro ministros do governo e sete parlamentares da base bolsonarista –entre eles, dois filhos do chefe do Executivo: o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ).

Acusações da CPI da Covid contra Bolsonaro chegam ao Tribunal de Haia

No início do mês, o relatório final da CPI chegou ao Tribunal Penal Internacional em Haia, na Holanda. O documento que aponta possíveis nove crimes do presidente Jair Bolsonaro (PL) foi enviado à Corte pelos senadores que participaram da comissão.

Bolsonaro é apontado como autor de crimes como prevaricação, charlatanismo, epidemia com resultado de morte, infração a medidas sanitárias preventivas, emprego irregular de verba pública, incitação ao crime, falsificação de documentos particulares, crime de responsabilidade e crimes contra a humanidade.