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Torturador julgado por assassinato na ditadura morre antes da sentença

Átila Rohrsetzer era acusado de tortura, assassinato e sequestro. Foto: Reprodução
Átila Rohrsetzer era acusado de tortura, assassinato e sequestro. Foto: Reprodução

O militar Átila Rohrsetzer, acusado de sequestrar, torturar e assassinar Lorenzo Ismael Viñas Gigli durante a ditadura empresarial-militar no Brasil (1964-1985), morreu em agosto, antes de receber sua sentença, que ocorreria nesta terça-feira (26), na Itália. O julgamento seria no país europeu pelo fato da vítima de Átila, Lorenzo, ser um cidadão ítalo-argentino.

A informação é do jornalista Jamil Chade, do Uol.

Nesta terça, quando a corte italiana tomaria a decisão sobre se condenava Átila ou não, foi informada de que o militar havia morrido em agosto, em Florianópolis-SC, onde morava. Com a morte, o processo será extinto.

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Átila Rohrsetzer era o único brasileiro que estava sendo julgado pelos crimes cometidos pela ditadura militar.

Além das acusações de sequestro, tortura e assassinato, também havia a de ocultação de cadáver de Lorenzo Vinãs. O crime teria ocorrido em 1980, na fronteira de Paso de los Libres (Argentina) e Uruguaiana (Brasil). Na época, Átila era diretor da Divisão Central de Informações do Rio Grande do Sul. Ele poderia ser condenado à prisão perpétua na Itália.

O procurador do caso, Ermínio Amelio, já tinha preparado a acusação final. Havia a expectativa de que o militar fosse o primeiro brasileiro a ser condenado pelos crimes da ditadura.

“Mais uma vez os torturadores, assassinos e praticantes das maiores atrocidades na ditadura saem impunes. Não é possível que fiquemos para a história como país em que ninguém foi responsabilizado por tais atrocidades”, lamentou o diretor-executivo do Instituto Vladimir Herzog, Rogério Sottili.

Com informações da coluna de Jamil Chade, do Uol

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