PUC-SP cria “tribunal do genocídio” para julgar Bolsonaro por crimes da pandemia

A PUC-SP vai criar o “tribunal do genocídio” para julgar crimes de Jair Bolsonaro. A ideia foi promovida por professores e estudantes da faculdade para simular um júri contra o presidente na pandemia. O evento simbólico integra o Coletivo Professor André Naveiro Russo, professor que morreu de Covid-19 em junho deste ano. A iniciativa tem apoio da reitoria da instituição e será transmitida pela TV PUC.
“O genocídio não pode ficar impune. Enquanto não for possível instalar um processo real, a comunidade universitária da PUC-SP, com o propósito de chamar a atenção da opinião pública, decidiu organizar o Tribunal de Opinião e realizar o julgamento público da política da administração pública federal”, diz a organização do evento em nota.
Para os signatários, “a grande maioria das vítimas veio a óbito porque os responsáveis pela administração pública federal adotaram uma política negacionista, irresponsável e desumana”.
O julgamento será presidido por Kenarik Boujikian, que se aposentou do TJ-SP em 2019. A jurista afirma que “é um julgamento necessário”. “A gente espera que depois ele seja feito também pelos órgãos apropriados, nacionais ou internacionais”.
A informação é da coluna de Mônica Bergamo na Folha.
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Os convidados do “tribunal do genocídio” da PUC
Entre os convidados para o evento simbólico da faculdade está a subprocuradora-geral da República aposentada, Deborah Duprat, que fará a acusação. A defesa será apresentada pelo advogado criminalista Fábio Tofic Simantob.
Também participarão a filósofa Sueli Carneiro, o ex-ministro Arthur Chioro, o dirigente do MST João Pedro Stedile, o padre e diretor do Educafro Brasil Frei David, o líder indígena Edson Kayapó, a produtora Luana Hansen e a advogada Sheila de Carvalho. Eles integrarão o júri do “tribunal do genocídio”.
O evento ocorre dia 25 deste mês.
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