Ucrânia estimula hostilidade contra jornalistas: ‘Devem ser atacados’

O assessor de imprensa das Forças Armadas Ucranianas em Kiev, Vladimir Fito, publicou, na última quarta-feira (16) um post em suas redes sociais onde estimulava que soldados ou milicianos ucranianos em áreas de combate atacassem qualquer pessoa que estivesse em área controlada pelo Exército russo, inclusive jornalistas. As informações são do UOL.
“Caros defensores do nosso povo! Dirijo-me a você com um grande pedido. Se você vir uma pessoa vestindo um colete com a escrita PRESS, não são jornalistas reais porque não são credenciados em nosso Exército. Estes são apenas propagandistas perigosos. O título de jornalistas não se aplica a eles. Eles devem ser atacados.”
A publicação teria sido feita depois da morte de três jornalistas estrangeiros em apenas uma semana em Kiev. No último domingo (13), o fotógrafo e documentarista Brent Renaud foi morto em Irpin após cruzar um posto de controle. Ele tentava documentar a fuga de civis da cidade de Bucha.O fotógrafo colombiano-americano, Juan Arredondo, que também estava no carro, sobreviveu.
Apenas dois dias depois, dois jornalistas que trabalhavam para a Fox News, o cinegrafista Pierre Zakrzewski e a produtora Oleksandra Kuvshinova, foram mortos. Eles estavam a poucos quilômetros de onde Brent e Juan foram atacados.
Depois disso, na última terça-feira (15), o governo ucraniano decretou um toque de recolher de 35 horas desautorizando todos os civis, inclusive jornalistas credenciados, a circularem em Kiev.
Até o momento, não conseguimos localizar a postagem de Vladimir Fito, que parece ter sido excluída das redes sociais.
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Veículos suspenderam cobertura na Rússia por medo de punições
No início do mês, uma série de veículos de imprensa de todo o mundo decidiram suspender temporariamente a cobertura de seus jornalistas na Rússia em razão de penalidades impostas por propagação de fake news..
Na ocasião, o diretor-geral da BBC, Tim Davie já havia anunciado que suspenderia “o trabalho de todos os jornalistas da BBC News e sua equipe de suporte na Federação Russa enquanto avaliamos todas as implicações. deste desenvolvimento indesejável”.
A Bloomberg tomou a mesma medida. Segundo o editor-chefe da empresa, John Micklethwait, “a mudança no código penal, que parece destinada a transformar qualquer repórter independente em um criminoso puramente por associação, torna impossível continuar qualquer aparência de jornalismo normal dentro do país.”
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