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Com escassez de vacinas em seis estados, Queiroga diz que Brasil tem “excesso” de imunizantes

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fala na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid no Senado. Reprodução: Sérgio Lima/Poder360 05.06.2021

Do G1

Com a vacinação da segunda dose atrasada em ao menos seis estados, principalmente por falta do imunizante da AstraZeneca, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que há “excesso de vacinas” no país e elogiou o sistema de distribuição do governo federal.

Além de São Paulo, que acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) por conta da ausência de imunizante, Bahia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Espírito Santo e Rio Grande do Norte também enfrentam problemas para completar a vacinação da população contra a Covid-19.

“Há excesso de vacina na realidade. O Brasil já distribuiu 170 milhões de doses de vacinas, 210 milhões já foram aplicadas, hoje nós já temos doses pra vacinar todos os brasileiros acima de 18 anos com a primeira dose, agora, naturalmente, há um anseio de avançar, por exemplo, nessa dose de reforço, ou terceira dose, naqueles indivíduos que são mais vulneráveis”, disse Queiroga em Guarulhos.

O ministro esteve no Aeroporto Internacional de Guarulhos na manhã desta quarta para um evento de entrega de novo lote de vacinas da Pfizer que serão enviadas aos estados. (…)

Bolsonaro pressionou Queiroga para decretar fim do uso de máscara

Marcelo Queiroga foi pressionado pelo presidente Bolsonaro para decretar o fim obrigatório do uso de máscara.

O objetivo do chefe do Executivo era que a decisão acontecesse antes do dia 7 de setembro.

Conforme apurou o DCM, o Ministro da Saúde não acredita que esse seja o momento para retirar a obrigatoriedade do item.

Tanto que ele tem fugido do assunto e levantado outros temas com os técnicos da pasta.

O Ministro não quer assumir essa responsabilidade neste momento. Com a terceira dose prestes a começar em diversos pontos do país, ele tem como foco levar o tema a “banho-maria”.

Até porque sabe que a maioria dos governadores não vai permitir o fim da obrigatoriedade. Seria mais uma briga perdida.

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