Vice do PT apoia Castro no Rio e deve ser isolado por partido, que quer acordo com Freixo
O vice-presidente do PT, Quaquá, deve ser isolado pelo partido depois de elogiar Castro no Rio. A sigla quer apoiar Freixo e não viu com bons olhos o posicionamento do ex-prefeito de Maricá (RJ). Até mesmo o deputado federal do PSB se incomodou com a fala dele.
Na terça (24), o governador do Rio viajou até Maricá e se encontrou com lideranças políticas. Quaquá estava lá. Durante as conversas, ele chegou a afirmar: “Altineu, é Castro/Lula, é Castro/Lula!”. Só que o chefe do estado carioca é aliado ao presidente Bolsonaro.
E não é segredo para ninguém que o PT entende que precisa derrotar o bolsonarismo no berço dele. Ganhar o estado do Rio é tão importante quanto vencer no Executivo. Por isso há uma frente ampla dos partidos de esquerda. Tanto que Gleise Hoffmann, presidente da legenda, se manifestou.
“Não temos relação política com o Cláudio Castro. E temos um campo progressista definido no Rio, que reúne PSB, PCdoB, PT, PSOL. É nessa construção que nós vamos. O PT não reconhece essa declaração do Quaquá, ele não fala pelo partido”, afirmou em Salvador.
Claro que o clima ferveu internamente no PT. Lula optou em ficar em silêncio e deixou com que Gleisi tomasse a frente da situação. O ex-presidente sabe que o momento é ele ser o cara da união. Já a deputada já avisou que a situação complicou as negociações no Rio.
Freixo se queixou. Não gostou nem um pouco da situação, apesar de respeitar Quaquá. O vice-presidente do PT até tentou explicar seu ponto de vista. Alegou que tudo fazia parte do espírito de tolerância. “Por isso sai de casa para ir a essa solenidade de defensores da democracia”, declarou.
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PT deve isolar Quaquá
Mas Quaquá deve ser isolado do PT. Não há qualquer indício de uma expulsão. Mas existe o entendimento que ele precisa sair de cena neste momento. Seu retorno pode acontecer apenas nas eleições, quando as coligações estiverem definidas.
Vencer no plano federal é o maior desejo de Lula. Ganhar o Rio, seria uma bonificação. E ele quer vencer com Freixo, que se manteve leal e tem ampla ligação com a esquerda carioca.