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‘Vilão da democracia’, Zé Trovão tenta se vender como sofredor em entrevista

Zé Trovão
Foto: Reprodução

Marcos Antônio Pereira Gomes, mais conhecido como Zé Trovão, deu uma entrevista pro TAB no UOL. Em mensagens de áudio de WhatsApp, enviadas na noite de quinta-feira (30), o bolsonarista tentou se vender como uma espécie de sofredor.

Segundo ele, só queria ser caminhoneiro, porém virou “liderança” de movimento golpista não reconhecida pela própria classe.

“Parece que sou um bandido, alguma coisa que não presta. Mas minha vida se resume sempre a trabalho”, afirmou ele.

Já sua ex-mulher discorda de tanta simplicidade: “Ele sempre teve um sonho de ser famoso. Tinha complexo de inferioridade. Bastava você conversar com ele para ver que era uma pessoa amarga. Juro que não é papo de ex-mulher”, disse.

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Vizinhos

Garoto de origem pobre, criado pelos avós em um sítio de Taruaçu, distrito da minúscula Tarumirim (MG), ele via nas imponentes máquinas que cortavam as estradas da região uma rara amostra do mundo exterior.

A relação da família Gomes com os vizinhos nem sempre foi harmoniosa. “O morador ao lado disse graças a Deus quando foram embora”, conta um senhor de 60 anos, ex vizinho de Trovão.

Quando Zé Trovão não estava em casa, relata o vizinho, a esposa chamava as amigas para festas que se estendiam pela madrugada, com som alto.

Prisão

Antes de se encrencar com instâncias superiores, Zé Trovão enfrentou outros problemas com a Justiça. Ele tem uma condenação por receptação no município de Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. O crime ocorreu em 2007, quando Gomes tinha 19 anos, e lhe rendeu uma pena de um ano e quatro meses de prisão.

Em 29 de agosto, tornou-se alvo de uma investigação da Procuradoria-Geral da União, e sua prisão preventiva foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, em 3 de setembro, por envolvimento em atos antidemocráticos.