Ex-cunhado de Bolsonaro declara ter visto “caixas de dinheiro vivo” na casa do então deputado federal

Atualizado em 1 de setembro de 2022 às 21:20
Ana Cristina Valle (PP), uma das ex-esposas do presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto/Reprodução

O irmão mais novo da candidata a deputada distrital nas eleições deste ano, Ana Cristina Siqueira Valle (PP), declarou ter visto “caixas de dinheiro vivo” na casa do atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), na época em que era deputado federal, enquanto era casada com sua irmã. O casamento teve fim em 2007.

O ex-cunhado de Bolsonaro, André Siqueira Valle, relatou a amigos próximos que o casal guardava caixas de dinheiro vivo na mansão que residiam na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.

A revelação feita por ele se encontra no livro “O negócio do Jair: A história proibida do clã Bolsonaro”, da jornalista Juliana Dal Piva.

O livro chega em setembro às livrarias, mas já está em pré-venda, e frisa que André se ressentia de ficar só com 10% do salário e relata que outros funcionários também viram altas quantias em espécie na residência do casal.

“No livro, a autora vai retratar O livro, que já está em pré-venda, mostra que André se ressentia de ficar só com 10% do salário e que outros funcionários também viram altas quantias em espécie na residência do casal”, diz o  jornalista Chico Alves, do UOL, no último final de semana.

André foi demitido do gabinete de Bolsonaro na Câmara dos Deputados por não devolver ao chefe o valor acordado: deveria ficar só com 10% do salário. O ex-cunhado de Jair também é suspeito de participar do esquema das rachadinhas.

A história já havia vindo à tona no ano passado, no podcast “UOL Investiga – A vida secreta de Jair”, quando Dal Piva trouxe por meio de gravações telefônicas em que outra irmã de André, a fisiculturista Andréa Siqueira Valle, contava a história da demissão do irmão caçula.

“O André deu muito problema porque ele nunca devolveu o dinheiro certo que tinha que ser devolvido, entendeu? Tinha que devolver R$ 6 mil, ele devolvia R$ 2 mil, R$ 3 mil”, relatou Andréa. “Foi um tempão assim até que o Jair pegou e falou: ‘Chega. Pode tirar ele porque ele nunca me devolve o dinheiro certo’”.

Andrea admite ainda nas gravações que ela própria devolveu 90% do salário durante os dez anos em que ficou nomeada no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro, filho do presidente, entre 2008 e 2018.

 

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