(Foto: Anthony Quintano/Flickr)
As ferramentas que fizeram o Facebook se tornar um gigante da tecnologia também colaboraram para ecossistema digital tóxico. Uma pesquisa interna de 2019 apontou problemas nas funções do botão “like” (curtir).
Pesquisadores concluíram que a escassez de curtidas gerava ansiedade em jovens usuários, quando eles não recebiam “likes” o suficiente de amigos. Com a omissão do botão, entretanto, os usuários interagiam menos com posts e anúncios publicitários.
Essa foi uma das vezes que o Facebook questionou intermanente algumas de suas funções. Com crises de desinformação, violação de privacidade e discursos de ódio, concluíram que os instrumentos básicos que fizeram a rede ser o que hoje é são os problemas. A empresa também avaliou o botão “compartilhar” com resultados negativos similares, com a amplificação de conteúdos tóxicos.
Pesquisadores apontaram, em documento interno de 2019, que o mecanismo estimula a disseminação de discursos de ódio e desinformação. Não se sabe quais foram as medidas adotadas pela rede para conter o problema. A informação é do New York Times.
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Os Facebook Papers
Os relatórios das pesquisas constam em uma lista de documentos, chamados de “Facebook Papers”. Eles foram entregues ao Senado americano por Frances Haugen. Um consórcio de doze jornais recebeu a documentação por um funcionário do Congresso do país.
O porta-voz da empresa, Andy Stone, criticou as reportagens, alegando que se baseiam em “premissa falsa” de que o Facebook visa lucratividade à frente da segurança dos usuários. Ele diz que a empresa já investiu US$ 13 bilhões e contratou 40 mil pessoas para garantir a segurança dos usuários.
O que os documentos mostram é que a rede social criou e manteve publicações tóxicas para garantir vantagens comerciais e se tornar uma das maiores empresas de tecnologia do mundo.
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